Política
Renan Filho deve nomear indicado de Gaspar para PGJ
O governador deve indicar o segundo da lista de mais votados, quebrando a tradição e gerando repercussões

A nomeação do novo Procurador Geral de Justiça de Alagoas pode ter desdobramentos além do imaginado. A eleição para a listra tríplice de PGJ, só aconteceu porque a Assembleia Legislativa de Alagoas não aprovou projeto de lei que previa a posse imediata do subprocurador-geral em caso de vacância do cargo.
Com a renúncia de Alfredo Gaspar de Mendonça, hoje pré-candidato do MDB à prefeitura de Maceió, os promotores e procuradores foram as urnas.
E o resultado não foi o que o grupo que está à frente da PGJ esperava. Contando com a simpatia do governador Renan Filho (MDB) e com o apoio do e Gaspar, o subprocurador-geral administrativo institucional, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque - que na terça-feira (21), voltou a ser o procurador-geral de justiça interino do Ministério Público Estadual de Alagoas - ficou em segundo lugar na disputa.
Segundo o Blog do Edivaldo Júnior, as apostas nos bastidores políticos é que o governador Renan Filho irá nomear para o cargo o segundo da lista, que seria o nome indicado por Alfredo Gaspar de Mendonça. Se confirma essa informação de bastidor, o governador não só quebrará uma tradição, como também corre o risco de abrir uma crise com setores do MPAL.
Tradição
Marcus Rômulo Maia de Mello, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque e Eduardo Tavares: esses são os membros do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) que formam a lista tríplice para o cargo de procurador-geral de justiça. A nomeação será feita pelo governador Renan Filho ainda este mês, após uma “conversa” com os três.
Seis candidatos disputaram a preferência de votos e, ao todo, 161 promotores e procuradores de justiça foram às urnas. Pela ordem dos mais votados, Marcus Rômulo Maia de Mello conquistou 94 votos. Em seguida, veio Márcio Roberto Tenório de Albuquerque com 77 e, na sequência, Eduardo Tavares com 62 votos.
Em Alagoas, os primeiros da lista sempre foram nomeados. Ou quase. Em 2004, Coaracy Fonseca não foi o mais votado e terminou sendo nomeado pelo então governador, Luiz Abílio. Confirmadas as informações de bastidores, Renan Filho, será o segundo a quebrar a tradição.
O governador já avisou vai conversar com os três mais votados antes de decidir quem irá nomear. A conversa por si é uma revelação de que ele poderá, como prevê a lei, nomear qualquer um dos três. É da prerrogativa legal, embora a tradição seja nomear o primeiro colocado.
Repercussão
Não será uma decisão fácil a do governador. Nessa quarta-feira (22), Eduardo Tavares – que defende a nomeação do mais votado – avisou que vai revelar “segredos” que podem mudar os rumos da eleição em Maceió e outros municípios alagoanos.
