Política

Collor promete criar programa de competitividade e câmaras setoriais

Por Gazetaweb 03/09/2018 16h04
Collor promete criar programa de competitividade e câmaras setoriais
FOTO: ASSESSORIA

O candidato ao governo de Alagoas, Fernando Collor (PTC), participou de um encontro com empresários na manhã desta segunda-feira (3), na sede da Federação da Indústria do Estado de Alagoas (Fiea). Na ocasião, Collor recebeu uma pauta com cerca de 200 propostas do setor, o que demonstra, segundo o candidato, a atual necessidade de interlocução entre o estado e o setor produtivo. Em seu governo, Collor pretende manter um diálogo permanente com a categoria, inclusive criando uma interlocução semanal com os empresários. Também informou que pretende criar um programa de competitividade e produtividade, além das câmaras setoriais.

Ele destacou que se surpreendeu com o livro de propostas das três federações. "Este livreto com cerca de 50 páginas e 200 propostas demonstra uma demanda reprimida enorme, uma absoluta falta de interesse do governo de interagir com o setor produtivo. O que temos ali apresentado são problemas que deveriam já ser de conhecimento do atual governo e não deveriam mais estar nessa relação. Precisamos ter um rumo do que queremos para Alagoas no setor industrial. Na minha opinião, devemos investir e muito no campo da inovação tecnológica. Vamos ampliar o diálogo com a classe produtiva", afirmou o candidato após receber o documento do presidente da Fiea, José Carlos Lyra; do presidente da Federação do Comércio, Wilton Malta; e da Federação da Agricultura, Álvaro Almeida. 

Collor ressaltou a necessidade de estar em contato permanente com o setor produtivo para encontrar a melhor maneira para resolver vários gargalos econômicos que existem atualmente. Segundo ele, os empresários terão uma interlocução semanal com o governo. "Não sairemos dessa situação se não buscarmos melhorar a competitividade. Pretendo criar, dentro da Secretaria de Indústria e Comércio, o Programa Alagoano de Produtividade e Competitividade, para dar condições melhores aos setores que estejam concorrendo em desvantagem, para que eles possam entrar no programa e melhorar sua competitividade. Sem isso, não sairemos da situação de marasmo em que nos encontramos em Alagoas", pontuou. 

Após ouvirem algumas propostas do candidato, os empresários presentes ao evento puderam fazer perguntas. Uma delas disse respeito ao Programa do Leite, que estava ameaçado de acabar por causa da falta de recursos. Collor afirmou que esse é um dos programas mais importantes já realizados no estado, que beneficia tanto os produtores, quanto a população. Ele afirmou que pretende criar uma câmara de compensação para que, quando preço do leite baixar mais que o viável para o pequeno produtor, ela possa suplementar para que esse produtor não fique fora do mercado", afirmou. 

Sobre os graves problemas enfrentados pelos matadouros em cidades de Alagoas, Collor disse que pretende construir matadouros regionais em municípios sedes de microrregiões. "Além da construção, teremos também que criar frigoríficos, o que talvez caiba em uma parceria público privada", falou. 

A respeito da carga tributária paga pelos empresários no estado, o candidato apontou ser essa uma das grandes mazelas de Alagoas. Segundo ele, de 2015 para cá, o ICMS para produtos de fundamental importância, como gás de cozinha e combustível, aumentou 30%. "Porque não estabelecer um sistema tributário progressivo, onde os que menos têm menos pagam? Como, em uma época de crise, podemos impor ao nosso comércio a mesma taxação que é imposta num momento de prosperidade? Não podemos construir sociedade forte e justa penalizando a galinha dos ovos de ouro, que são aqueles que participam dos três setores da economia", destacou.

Sobre Canal do Sertão, o candidato disse que nada será resolvido enquanto não houver um modelo de gestão. "A obra foi nossa iniciativa enquanto presidente da República. Infelizmente, os dois governos que se seguiram não deram importância a essa obra. Já era para estar concluído há muito tempo, com o assentamento de pequenos agricultores. O que nós desejamos fazer é isso. Trabalhar para estabelecer o modelo de gestão", afirma.