Polícia
“Gato” provoca prejuízo de R$ 300 milhões por ano em Alagoas
Polícia Científica e Equatorial Alagoas firmam cooperação técnica para reforçar combate ao furto de energia elétrica no estado
O furto de energia elétrica, conhecido popularmente como “gato”, gera um prejuízo estimado em cerca de R$ 300 milhões por ano em Alagoas. Diante do crescimento desse tipo de crime, a Polícia Científica do Estado de Alagoas e a Equatorial Alagoas Distribuidora de Energia S.A. assinaram, na manhã desta terça-feira (30), um termo de cooperação técnica com o objetivo de intensificar o enfrentamento às irregularidades.
De acordo com informações divulgadas pela assessoria de Comunicação da Polícia Científica, a parceria surge da necessidade de identificar, mensurar e qualificar os danos causados pelas práticas ilícitas, além de fortalecer a responsabilização criminal dos envolvidos. A iniciativa prevê a realização de perícias técnicas para identificar procedimentos irregulares e subsidiar investigações policiais, bem como a reparação dos prejuízos ocasionados.
Caberá à Polícia Científica a elaboração de laudos periciais com descrição clara e objetiva dos métodos técnicos utilizados, dos resultados das análises e das conclusões periciais, incluindo respostas a quesitos quando solicitados pela autoridade competente.
Para a perita-geral Rosana Coutinho, o acordo terá papel essencial na identificação das irregularidades e na produção de provas técnicas consistentes nos inquéritos que apuram esse tipo de crime. Segundo ela, os laudos periciais garantirão a reparação integral dos danos e a efetiva responsabilização dos infratores.
As perícias serão realizadas a partir de demandas previamente agendadas, com foco principal em consumidores de alta tensão ou de elevado consumo, conforme as necessidades apontadas pela Equatorial Alagoas. O trabalho será direcionado à identificação de métodos utilizados para o furto de energia elétrica.
O termo também prevê a criação de um Comitê de Acompanhamento e Monitoramento, composto por representantes da Equatorial Alagoas, da Polícia Científica de Alagoas e por peritos indicados pelas instituições. O grupo será responsável por avaliar o desempenho da cooperação, acompanhar as perícias, propor ajustes nos fluxos de trabalho e sugerir soluções e parcerias para ampliar a atuação pericial em demandas específicas e urgentes.
Para a Equatorial Alagoas, a assinatura do acordo representa um marco institucional. Segundo o superintendente corporativo de Serviços Técnicos e Comerciais, Almir Menezes, o convênio fortalece o combate ao furto de energia, contribui para a moralização do uso do serviço, aumenta a segurança da população e favorece a modicidade tarifária.
“Essa parceria permite robustecer nossos processos, dar encaminhamento pericial para fins criminais e tratar de forma isonômica todos os clientes que cometerem irregularidades. O combate ao uso clandestino da energia é fundamental para garantir qualidade e conforto ao cidadão alagoano, além de possibilitar mais investimentos e maior arrecadação para o Estado, com reflexos diretos nas áreas de saúde e segurança”, destacou.
O chefe especial do Instituto de Criminalística de Maceió, perito criminal Charles Mariano, afirmou que o convênio amplia o campo de atuação do Instituto e fortalece o serviço prestado à sociedade. “O objetivo é trazer mais um serviço para a população alagoana, fornecendo provas materiais e técnicas que robustecem os inquéritos relacionados ao furto de energia elétrica. Assim, atendemos às necessidades do Estado, contribuímos para a melhoria da arrecadação e promovemos justiça baseada na verdade científica”, disse.
O acordo de cooperação terá vigência inicial de três anos, com possibilidade de prorrogação mediante termo aditivo. Também participaram da reunião o gerente tático de Gestão Comercial da Equatorial Alagoas, Marcelo Jordão; Jeron Trindade, da Superintendência Corporativa de Serviços Técnicos e Comerciais; e Ylmara Torres, executiva de Clientes Varejo.
*Com informações da Ascom Polícia Científica


