Polícia
Caso Ana Beatriz: Justiça mantém prisão e MP pedirá condenação por homicídio qualificado
Eduarda Silva será submetida a exame de sanidade mental antes das alegações finais
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) reafirmou, nesta quarta-feira (17), que pedirá a condenação de Eduarda Silva de Oliveira, acusada de matar a filha recém-nascida Ana Beatriz, de apenas 15 dias de vida, em abril deste ano, na cidade de Novo Lino. A jovem confessou o crime após apresentar diferentes versões para o desaparecimento da bebê, incluindo a simulação de um sequestro.
Durante audiência de instrução em Colônia Leopoldina, o magistrado manteve a prisão preventiva da ré, atendendo ao pedido do MP. A defesa solicitou a realização de um exame de sanidade mental, que foi deferido pelo juiz.
O resultado será determinante para avaliar se a acusada tinha condições de compreender seus atos no momento do crime e poderá influenciar na aplicação de medidas de segurança, como internação para tratamento.
Segundo a promotora de Justiça Francisca Paula, após a conclusão do exame, serão apresentadas as alegações finais, com pedido de condenação por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
O caso ganhou repercussão nacional e comoveu a população alagoana. A investigação revelou que o corpo da bebê foi encontrado dentro de um armário, em um saco plástico, após a mãe confessar ter asfixiado a criança com um travesseiro. A mobilização inicial chegou a envolver forças de segurança estaduais e federais e resultou na prisão indevida de um homem em Pernambuco, cujo veículo coincidia com a descrição fornecida pela acusada.


