Polícia
Canetas proibidas: fiscalização flagra carga clandestina de emagrecedores ilegais no Agreste de AL
Auditores da Sefaz apreenderam tirzepatida e outros produtos sem nota fiscal; Anvisa alerta que medicamentos irregulares oferecem risco grave à saúde
Uma ação de rotina da Chefia de Operações Estratégicas da Sefaz de Alagoas resultou na apreensão de uma carga com medicamentos para emagrecimento transportados sem qualquer documentação fiscal. A fiscalização ocorreu em uma transportadora de Arapiraca, no Agreste. O material estava armazenado em um veículo que não apresentou notas exigidas pela legislação.
Entre os itens recolhidos estavam ampolas e seringas contendo tirzepatida, substância usada no tratamento de diabetes e na perda de peso. Ao todo, foram apreendidas 120 ampolas e 30 caixas do produto Lipoless 15. Metade possuía quatro seringas, enquanto as demais traziam quatro ampolas cada. Todos os produtos exigem comprovação de origem e autorização sanitária.
Os auditores fiscais classificaram a mercadoria como de uso controlado, o que reforça a gravidade da irregularidade. A comercialização desses itens demanda rigor documental para evitar riscos à saúde pública. Sem nota fiscal e sem comprovação de procedência, o material foi imediatamente retido pelo órgão estadual.
A Anvisa proíbe a importação, venda, fabricação e uso de emagrecedores como o Lipoless por não possuírem registro no Brasil. A agência alerta que esses produtos não passaram por testes de eficácia e segurança. Por isso, representam ameaça real ao consumidor, que não tem garantia sobre composição ou efeitos adversos.
Medicamentos desse tipo vêm sendo cada vez mais usados de forma clandestina no país. A tirzepatida, especialmente, virou alvo de falsificações e comércio informal. A ausência de controle abre espaço para adulterações, dosagens irregulares e riscos graves, como hipoglicemia severa e reações inesperadas.
Após a apreensão, todo o material foi encaminhado ao depósito da Sefaz, em Maceió. Lá, passará por análise dos órgãos competentes para verificar a origem da carga e sua possível destinação comercial. As informações coletadas também podem auxiliar em investigações sobre redes de distribuição ilegal.


