A Polícia Civil de Alagoas (PCAL), por meio da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), deflagrou nesta segunda-feira (1º) a operação Sorte de Areia, em ação integrada com as polícias civis de Goiás, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro. A ofensiva cumpriu 21 mandados judiciais, sendo 6 de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió.

O objetivo foi desmantelar uma organização criminosa especializada em golpes de estelionato e lavagem de dinheiro, conhecida como “golpe do falso dono de lotérica”. Os criminosos se passavam por proprietários de estabelecimentos lotéricos e induziam funcionários ao pagamento de boletos fraudulentos. Os valores eram enviados para contas de laranjas, dispersados e depois concentrados nas contas dos líderes do grupo.

Em Alagoas, o montante desviado ultrapassou R$ 1 milhão, sendo a maior parte dos envolvidos oriunda de Goiás. Até o momento, duas pessoas foram presas, cinco veículos e outros bens foram apreendidos, além do bloqueio judicial de bens que pode chegar a R$ 3 milhões. Durante as diligências, um homem foi detido por posse irregular de arma de fogo.

Quatro investigados seguem foragidos: o líder da organização, residente em São Paulo; dois integrantes em Goiás; e um jogador de futebol profissional que atua no leste europeu. A delegada Maria Eduarda informou que medidas legais serão adotadas para capturar os foragidos, inclusive no exterior.

O diretor da Dracco, delegado Igor Diego, destacou a importância da integração entre as forças policiais e agradeceu o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Operação Renorcrim e do programa Impulse, além da colaboração das polícias civis parceiras.

A PCAL reforça que a operação Sorte de Areia é exemplo de trabalho técnico e estratégico, voltado para identificar estruturas criminosas, desarticular esquemas complexos e garantir que os responsáveis sejam levados à Justiça.