O caso envolvendo a médica Nádia Tamyres Silva Lima ganhou um novo desdobramento após a mãe da suspeita divulgar um vídeo defendendo o ex-genro, Alan Carlos Cavalcante. A gravação contraria diretamente as denúncias feitas por Nádia. A fala reacende o debate sobre o crime ocorrido no último domingo, 16, em Arapiraca.

No vídeo, a mãe afirma que Alan era inocente das acusações, incluindo a denúncia de estupro de vulnerável feita pela própria filha. Ela diz que a médica mentiu sobre os fatos e que o genro “morreu inocente”. Segundo a mãe, se as acusações fossem verdadeiras, ela não sairia em defesa do ex-genro.

Ainda na gravação, a mãe cita a existência de vários laudos que, segundo ela, comprovariam a inocência de Alan. O conteúdo, segundo a família, desmonta completamente a narrativa apresentada pela suspeita. Ela classificou a sequência de acusações como um “conjunto de mentiras motivado por ambição”.

O irmão da médica, Emerson Lima Barros, também já havia contestado a versão apresentada por Nádia. Ele afirmou que a família nunca acreditou na denúncia de abuso feita por ela. Para ele, o ex-cunhado era inocente e foi injustiçado pelas acusações anteriores.

Enquanto isso, Nádia permanece presa, acusada de executar o ex-marido dentro do carro onde ele estava. A Polícia Civil segue investigando o caso e deve incluir os novos depoimentos no inquérito. As falas divulgadas pela família agora fazem parte da reconstrução dos fatos.

A suspeita havia denunciado Alan por violência doméstica e abuso da filha. A ação foi aceita pela Justiça meses antes do homicídio, com base em elementos apresentados ao Ministério Público. O relacionamento entre os dois durou mais de duas décadas, segundo os autos do processo.

O material do MP inclui boletins, relatos e registros de controle financeiro, ameaças e agressões. A médica afirmou sofrer violência ao longo dos anos e ter buscado proteção no fim de 2024. Esses documentos embasaram a denúncia formalizada contra Alan.

Entre os episódios relatados, estão agressões físicas, conflitos durante a gestação e supostos atos de intimidação. Um deles envolve vídeo gravado por Alan para, segundo a médica, usá-lo como ameaça. Todos esses elementos foram anexados ao processo criminal.

Com Jornal Extra.