A médica Nadia Tamyres, presa após matar o ex-marido, o também médico Alan Carlos de Lima, passa por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (17), no Fórum Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió. A Justiça vai decidir se a prisão em flagrante será convertida em preventiva ou se a acusada poderá responder ao processo em liberdade.

O crime ocorreu no domingo (16), em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Sítio Capim, na zona rural de Arapiraca, Agreste de Alagoas. Alan Carlos foi morto a tiros dentro de um carro. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o corpo da vítima no banco do motorista, sendo amparado por uma mulher, enquanto populares se aglomeravam ao redor do veículo.

Nadia Tamyres foi localizada e presa em Maceió com a arma do crime. Em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, o advogado Luiz Lessa, que integra a defesa da médica, afirmou que o ato foi uma resposta a anos de violência. “Foi um revide, uma resposta da doutora Nadia de proteção a ela e à sua filha”, declarou.

Segundo o advogado, o crime está inserido em um contexto de violência doméstica e perseguição. Ele afirmou que a médica possuía porte de arma justamente por temer pela própria segurança. “O senhor Alan tinha uma medida protetiva, não poderia se aproximar. Já havia um histórico de violência contra ela e até mesmo contra a criança”, disse.

Ainda de acordo com Lessa, o caso envolve uma acusação de estupro de vulnerável, o que está sob segredo de justiça. “Não vamos entrar no mérito dos fatos, mas sabemos que há essa acusação no contexto. A doutora Nadia é uma mulher batalhadora, que incentivou o ex-marido antes mesmo de se tornarem médicos”, completou.

A Polícia Civil segue investigando o caso. A audiência de custódia deve definir os próximos passos do processo.