Polícia

Família de Peu cobra condenação de acusados de espancamento de torcedor

Júri popular de dois réus acontece nesta quinta-feira em Maceió; vítima morreu após agressão brutal em 2023

Por Redação* 02/10/2025 12h12
Família de Peu cobra condenação de acusados de espancamento de torcedor
Peu morreu aos 47 anos, três dias depois de espancamento - Foto: Reprodução

Dor e indignação marcam o dia da família de Pedro Lúcio dos Santos, conhecido como Peu, torcedor do CSA assassinado aos 47 anos após uma partida no Estádio Rei Pelé, em Maceió. Nesta quinta-feira (2), a viúva, Nielba Rocha de Araújo, e a filha, Jéssica Milena, acompanham no Fórum do Barro Duro o julgamento de dois acusados de envolvimento no crime: Milton Pereira da Silva Neto e Jonas Paulo Santana Cané.

Peu foi atacado no dia 4 de maio de 2023, logo após CSA x Confiança pela Série C. Ao deixar o estádio, ele parou em um churrasquinho nas proximidades e acabou surpreendido por agressores armados com pedras, paus e barras de ferro. Mais de dez suspeitos chegaram a ser investigados, mas apenas dois foram levados a júri popular. A vítima permaneceu internada no Hospital Geral do Estado por três dias, falecendo em decorrência de traumatismo craniano.

A viúva afirma que a expectativa é de que os réus sejam condenados e permaneçam presos. “Muito covardes. A minha revolta maior é que muitos dos envolvidos já estão soltos, prontos para aprontar de novo. O que eu quero é justiça”, declarou Nielba.

A filha de Peu reforçou o pedido por pena máxima: “Eles sabiam o que estavam fazendo. Que paguem pelo crime. A gente sente dor todos os dias".

Lembranças e impacto da perda

A família recorda Peu como o alicerce da casa e torcedor apaixonado pelo CSA, que frequentava o Rei Pelé em praticamente todos os jogos do clube. Ele não era vinculado a torcidas organizadas.  “Ele era um homem bom, trabalhador, amoroso, que só vestia a camisa do time dele. Nossa vida nunca mais foi a mesma desde que ele se foi”, afirmou a viúva.

A filha acrescenta que a ausência do pai é sentida em cada encontro familiar “O Peu era nossa vida. Um simples churrasco lembra ele. Os domingos lembram ele. Tiraram ele de uma maneira extremamente brutal. Dói pensar no que ele passou”.

O júri popular definirá a responsabilidade dos dois acusados pelo homicídio. O caso é acompanhado de perto pela família, que aguarda a condenação como forma de resposta à violência que tirou a vida do torcedor.

Com TNH1.