Polícia
Quadrilha usava dados de mulheres de baixa renda para lavar dinheiro do tráfico em Arapiraca
Polícia aponta movimentações bancárias atípicas e ocultação de bens em nome de “laranjas”; R$ 7 milhões foram bloqueados

A Polícia Civil de Alagoas revelou que a quadrilha alvo da Operação Primavera, deflagrada na terça-feira (17), usava os dados de mulheres que ganham um salário mínimo para movimentar dinheiro ilícito oriundo do tráfico de drogas. O grupo é acusado de praticar lavagem de dinheiro por meio de contas bancárias em nome de “laranjas”, além de esconder imóveis e veículos de alto padrão em nomes de terceiros.
“Algumas mulheres com renda mensal de um salário mínimo estavam fazendo movimentações atípicas e que fugiam completamente do padrão. Isso levantou suspeitas e nos levou ao esquema”, afirmou o delegado Bruno Tavares, responsável pelas investigações em Alagoas.
A operação é coordenada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte e tem foco em desarticular uma organização criminosa interestadual com atuação em diversos Estados do Nordeste, incluindo Pernambuco, Sergipe e Bahia. O principal alvo da operação é natural de Arapiraca e já tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, homicídio e porte ilegal de arma.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Arapiraca, com apoio de unidades especiais da Polícia Civil alagoana. Como resultado da operação, cerca de R$ 7 milhões foram bloqueados em contas bancárias dos investigados, além do sequestro de imóveis de luxo, sítios e veículos.
A Polícia segue com as investigações para identificar outros envolvidos no esquema e ampliar o rastreio dos bens ocultados.
