A morte de Marcela Valentina de Souza, mulher trans assassinada em abril deste ano, teria sido encomendada por medo de que a vítima expusesse uma relação extraconjugal com o mandante do crime.

De acordo as investigações da Polícia Civil, o homem teria oferecido R$ 10 mil a um colega de trabalho para executar o crime e ocultar o corpo após a vítima ameaçar revelar o caso para a esposa do mandante.

O mandante convidou Marcela com a promessa de um encontro, indicou o local e arquitetou a emboscada com o executor do crime. Chegando à obra, ela foi surpreendida com golpes de marreta de demolição.

Segundo o autor, ela ainda respirava após os golpes, mas ele não teve coragem de finalizar e optou por levá-la ainda com vida até a rua, dentro do carrinho de mão, com o corpo coberto por uma lona, em direção à Escola Rosalvo Lobo, local onde foi feita a desova.

Ainda segundo o depoimento, ele recebeu um adiantamento de R$ 5 mil adiantados, mas após a repercussão do caso e a divulgação das imagens, o restante do pagamento não foi concluído. Além disso, eles romperam contato com medo de serem descobertos.

O executor, de 31 anos, foi capturado no bairro Chã de Bebedouro, nessa segunda (16), durante operação conjunta da DHPP e da Operação Litorânea Integrada (Oplit). Ambos os envolvidos estão presos preventivamente.