A Polícia Civil de Alagoas, através do 53º Distrito Policial de Arapiraca, indiciou uma mulher de 45 anos por apropriação indébita de pensão alimentícia. 

A investigação, conduzida pelo delegado Edberg Oliveira, revelou que a indiciada reteve, ao longo de três meses, valores destinados à manutenção de seus dois filhos, atualmente sob a guarda exclusiva e definitiva do pai, conforme decisão judicial.

De acordo com o inquérito, a mulher continuou recebendo automaticamente em sua conta bancária as pensões alimentícias, mesmo após a exoneração da obrigação por parte do pai e a formalização da guarda em seu favor. 

A quantia total apropriada indevidamente foi de R$ 2.860,37, entre março e maio de 2025. 

Segundo o delegado, esse valor, de natureza alimentar, deveria ter sido utilizado exclusivamente para o sustento das crianças.

A mãe, que está proibida judicialmente de manter qualquer contato ou aproximação com os filhos, não repassou os valores ao pai e ainda teria condicionado a devolução do dinheiro a um encontro com as crianças, o que violaria as medidas protetivas em vigor. 

Ela não reside mais em Alagoas e, segundo informações obtidas pela polícia, está em outro estado da federação, sem endereço fixo conhecido.

Documentos como extratos bancários, sentenças judiciais e conversas por aplicativo de mensagens foram anexados ao processo e embasaram a materialidade do crime. 

Diante da impossibilidade de localizar a investigada para interrogatório, o delegado a qualificou indiretamente e formalizou o indiciamento por apropriação indébita, conforme o artigo 168 do Código Penal.