Polícia
Polícia apura participação de cúmplice na ocultação do corpo de recém-nascida em Novo Lino
Investigação aponta que corpo de Ana Beatriz pode ter sido mantido em ambiente refrigerado antes de ser enterrado; mãe segue presa por homicídio qualificado

A Polícia Civil de Alagoas investiga a possível participação de uma segunda pessoa na ocultação do corpo da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, encontrado no dia 15 de abril no quintal da residência da família, no município de Novo Lino.
De acordo com o delegado João Marcello, responsável pelo inquérito, laudos técnicos do Instituto Médico Legal (IML) indicam que o cadáver não permaneceu o tempo todo no local onde foi localizado. Há indícios de que o corpo foi transferido e mantido, por um período, em condições que retardaram o processo de decomposição.
“A análise pericial sugere que o corpo da criança foi removido e possivelmente colocado em um ambiente refrigerado antes de ser enterrado”, afirmou o delegado durante coletiva realizada na sede da Polícia Civil, em Maceió.
A mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, está presa preventivamente e foi indiciada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. Em depoimento, ela confessou ter cometido o homicídio e relatou que escondeu o corpo em sacolas plásticas dentro de um armário antes de enterrá-lo.
Apesar do depoimento, a polícia investiga se outra pessoa contribuiu para a ocultação. “A mãe afirma ter agido sozinha, mas o inquérito permanece aberto para apurar a eventual participação de terceiros, como parentes ou vizinhos”, acrescentou o delegado.
A possibilidade de enquadramento do crime como infanticídio foi descartada até o momento, já que não há laudos médicos ou psicológicos que comprovem perturbação psíquica relacionada ao estado puerperal. Segundo a polícia, uma eventual reclassificação penal dependerá do surgimento de novos elementos técnicos ao longo do processo.
Com agências.
