Nacional

Vacina da Pfizer não foi causa de morte de adolescente em São Paulo

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo concluiu diagnóstico do óbito de garota de 16 anos

Por Redação com R7 17/09/2021 19h07
Vacina da Pfizer não foi causa de morte de adolescente em São Paulo
Imunizante da Pfizer não foi causa do óbito. - Foto: Reprodução / Internet

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo concluiu, nesta sexta-feira (17), que a morte da adolescente de 16 anos que havia recebido a primeira dose da vacina Pfizer não foi por culpa do imunizante. A causa teria sido doença rara e autoimune denominada Púrpura Trombótica Trombocitopênica, ou PPT.

De acordo com a nota publicada pelo governo paulista, 70 profissionais foram reunidos pela Coordenadoria de Controle de Doenças e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) para a análise do caso da adolescente, que havia se vacinado em São Bernardo do Campo (SP). Sete dias depois da aplicação da primeira dose, a garota faleceu.

“As vacinas em uso no país são seguras, mas eventos adversos pós-vacinação podem acontecer. Na maioria das vezes, são coincidentes, sem relação causal com a vacinação. Quando acontecem, precisam ser cuidadosamente avaliados”, explica o infectologista do CVE, Eder Gatti, que atua no hospital Emílio Ribas e participou da coordenação da investigação sobre a morte da jovem.

A secretaria de Saúde destaca ainda que pessoas com doenças autoimunes podem receber as vacinas contra a Covid-19 normalmente, e que devem consultar o médico em caso de dúvidas. “Os eventos adversos graves, principalmente aqueles que evoluem ao óbito, são discutidos com uma comissão de especialistas para se ter uma decisão mais precisa sobre a relação coma a vacina. Quando um caso vem à tona sem que este trabalho esteja finalizado, cresce o risco de desorientação, temor, de rejeição a uma vacina sem qualquer fundamento, prejudicando esta importante estratégia de saúde pública que é a campanha de vacinação”, afirma Gatti.

A equipe de investigação sobre o caso da adolescente contou com especialistas em Hematologia, Cardiologia, infectologia e outros atuantes nos CRIEs (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais) do estado de São Paulo, além de representantes das cidades de São Paulo, São Bernardo e Santo André.