Municípios
Girau do Ponciano é destaque em exposição que celebra a tradição sertaneja
Mostra fotográfica homenageia vaqueiros e reconhece a Festa do Vaqueiro como símbolo de fé e cultura no município

Vestir o gibão, montar o cavalo e correr pela caatinga é mais que tradição — é sinônimo de fé, coragem e amor pela cultura ancestral em Girau do Ponciano. Nesta terça-feira (14), o município foi homenageado durante a exposição fotográfica “Pega de Boi no Mato”, realizada no Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), em Maceió. A mostra destacou a força da Festa do Vaqueiro e a importância da pega de boi como uma das expressões mais autênticas do sertão alagoano.
Com autoria da jornalista Tatiane Almeida, a exposição retrata com sensibilidade e vigor o cotidiano dos vaqueiros, revelando as marcas, desafios e a beleza da lida com o gado. Entre os destaques estão Graziely Mariano, de 18 anos, e sua irmã Maria Milena, de 14, jovens vaqueiras que representam a nova geração da tradição sertaneja.
“Meu maior orgulho é ser vaqueira e seguir os passos da minha família. A sensação de correr e conseguir pegar o boi é maravilhosa. Admiro a bravura dos homens, mas também exalto as mulheres, especialmente eu e minha irmã, que vivemos essa tradição com amor”, conta Graziely.
A estudante Maria Milena também expressou o orgulho de representar sua cidade na mostra. “Estar em uma exposição mostrando parte da nossa vivência é uma grande conquista, pois representamos a força do nosso povo”, disse a jovem, destacando o apoio da Prefeitura de Girau do Ponciano à tradição.
Reconhecida pela Festa do Vaqueiro, que reúne mais de 10 mil pessoas anualmente em homenagem ao “Poeta do Gibão”, Epitácio Rodrigues (Yoyô do Japão), a cidade se consolida como um dos maiores símbolos da cultura sertaneja em Alagoas.
Para o prefeito Bebeto Barros, o reconhecimento é motivo de orgulho. “Ver Girau sendo apresentada como referência em uma tradição que percorre o Nordeste é algo sem igual. A Festa do Vaqueiro carrega nossa essência sertaneja — a missa, a cavalgada e a pega de boi são a representação da nossa fé e das nossas raízes”, afirmou o gestor.
