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Caso de intolerância religiosa é discutido na Assembleia Legislativa e Ifal publica nota de repúdio
Situação aconteceu no Campus Ifal Palmeira dos Índios e foi denunciada nas redes sociais por um estudante da instituição

O suposto caso de intolerância religiosa registrado no Campus Palmeira dos Índios do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) chegou a ser discutido na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) nessa terça-feira (14). No dia seguinte, nesta quarta-feira (15), o Ifal publicou uma nota de repúdio e esclareceu o episódio.
O assunto foi denunciado pela deputada Cibele Moura (MDB) durante uma sessão. Segundo a parlamentar, em uma oficina promovida por um grupo da instituição, alunos foram incentivados a pisar e danificar terços marianos, objetos considerados sagrados para os católicos.
"Eu, como católica, não poderia deixar de me posicionar. Sinto-me na obrigação de reagir, pois isso é um atentado à fé católica e à liberdade religiosa", disse Cibele Moura em plenário.
A deputada anunciou que protocolou uma moção de repúdio a ser votada na Casa, com o objetivo de formalizar a condenação da Casa Legislativa ao ato e reforçar o compromisso com o respeito á liberdade religiosa. Para ela, atitudes como essa não podem ser naturalizadas em instituições públicas de ensino.
“Não se trata apenas de ofensa a um símbolo religioso, mas de uma violação ao direito constitucional de liberdade de crença, que precisa ser protegido”, concluiu.
Por meio de nota, o Ifal informou que a instituição defende a diversidade e todas as formas de expressão humana. O caso está sendo apurado.
"O Ifal esclarece, ainda, que não tinha conhecimento prévio, tampouco endossa quaisquer ações que contrariem os princípios éticos e institucionais. O ocorrido está sendo devidamente acompanhado e apurado pelas instâncias responsáveis, com o rigor e a seriedade que o caso exige", diz trecho da nota.
Confira abaixo a nota na íntegra
O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) reafirma publicamente o seu compromisso inabalável com a promoção da equidade, do respeito às diversidades e da inclusão no ambiente escolar e acadêmico. Esta instituição, por meio de todas as suas ações, valoriza e defende a diversidade de raça, cor, religião, identidade de gênero e todas as formas de expressão humana.
O Ifal esclarece que, por meio dos Núcleos de Gênero, Diversidade e Sexualidade (Nugedis) nos campi (criados pela Resolução n.116/2023/Consup/Ifal), mantém políticas de orientação e esclarecimento sobre o tema, ao tempo que reafirma o seu compromisso institucional e repudia toda e qualquer materialidade de intolerância, violência e discriminação praticados na Instituição.
O Ifal esclarece, ainda, que não tinha conhecimento prévio, tampouco endossa quaisquer ações que contrariem os princípios éticos e institucionais. O ocorrido está sendo devidamente acompanhado e apurado pelas instâncias responsáveis, com o rigor e a seriedade que o caso exige.
O Ifal repudia, com veemência, toda e qualquer manifestação de intolerância, violência, preconceito ou discriminação, seja em seus espaços físicos ou virtuais.
Reiteramos nosso compromisso permanente com a consolidação de uma cultura institucional de paz, inclusão e respeito mútuo.
