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Prefeitura de Cajueiro afasta médica após morte de criança de apenas 5 anos
A morte de Everton da Silva Santos, de apenas 5 anos, causou comoção e revolta em Cajueiro

A médica plantonista que atendeu o menino Everton da Silva Santos, de 5 anos, que morreu no último dia 16, foi afastada pela Prefeitura de Cajueiro do Hospital Municipal Dr. Augusto Dias Cardoso nesta sexta-feira (19). O afastamento ocorreu após denúncias feitas por familiares sobre possíveis falhas no atendimento prestado à criança.
Familiares e amigos realizaram um protesto em frente ao hospital municipal um dia após a morte da criança de 5 anos. Eles afirmam que Everton morreu em decorrência de complicações causadas por uma pneumonia, após ter sido levada várias vezes à unidade de saúde e o atendimento ter sido negligenciado.
Em nota oficial, a Prefeitura de Cajueiro informou que Everton deu entrada na unidade hospitalar no dia 15 de setembro. A administração municipal afirmou que o hospital estava funcionando normalmente, com equipe médica de plantão, enfermeiros, técnicos de enfermagem, além de suporte para exames e medicação.
A nota também diz que, com o agravamento do estado de saúde do menino, a equipe médica teria realizado diversos procedimentos emergenciais, incluindo intubação, manobras de reanimação, administração de medicações e solicitação de transferência para um hospital de referência em Maceió, mas a criança não resistiu.
O laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) apontou como causas da morte pneumonia, broncopneumonia, edema pulmonar, derrame pleural e insuficiência respiratória. A Prefeitura destacou que não foi constatada meningite, como chegou a ser especulado.
A Prefeitura ainda informou que, diante da gravidade do caso, a gestão municipal determinou o afastamento da médica plantonista responsável pelos primeiros atendimentos e instaurou um processo interno para apurar possíveis responsabilidades.
Procurado pelo Cada Minuto, o Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CREMAL) informou que, até o momento, não recebeu denúncias sobre o caso. A entidade reforça a importância de que a família registre a ocorrência o quanto antes.
Confira a nota completa na íntegra:
“A Prefeitura de Cajueiro, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, manifesta profundo pesar pelo falecimento do menino Everton da Silva Santos, de apenas 5 anos, ocorrido no último dia 16 de setembro, no Hospital Municipal Dr. Augusto Dias Cardoso. Neste momento de dor, nos solidarizamos com seus familiares e amigos, oferecendo todo o apoio e auxílio necessários.
Desde a primeira entrada da criança na unidade hospitalar, no dia 15 de setembro, o Hospital Municipal encontrava-se em pleno funcionamento, contando com equipe médica composta por plantonista, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de dispor de equipamentos para realização de exames, administração de medicações e suporte com ambulâncias para transferências a unidades de referência, quando necessário.
No dia 16 de setembro, diante do agravamento do quadro clínico, foram realizados todos os esforços possíveis, incluindo o acionamento imediato da regulação para transferência a Maceió, administração de medicações, intubação e manobras de reanimação. Infelizmente, mesmo com todos os recursos disponíveis e a dedicação da equipe, não foi possível evitar o óbito.
O laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) apontou como causa da morte pneumonia, broncopneumonia, edema pulmonar, derrame pleural e insuficiência respiratória, não sendo constatada meningite. Reforçamos que o Hospital Municipal dispõe de equipamentos e insumos necessários para o atendimento emergencial, como raio-x, eletrocardiograma e medicações.
Diante dos fatos, a Prefeitura determinou o afastamento da médica plantonista que realizou os primeiros atendimentos e instaurou processo interno para apurar responsabilidades, reafirmando seu compromisso com a verdade, a transparência e a justiça. Repudiamos veementemente qualquer ato de mau atendimento ou conduta desumana nas unidades de saúde.
A Prefeitura de Cajueiro e a Secretaria Municipal de Saúde permanecem à disposição para prestar esclarecimentos, reafirmando o compromisso com um atendimento digno, o direito à vida e a construção de uma rede de saúde cada vez mais humana e acolhedora.”
