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Resort é alvo de críticas online por referências à escravidão em Alagoas
Segundo as críticas, o hotel possui uma estrutura de paredes grossas e telhado de palha e é decorada com correntes, o que lembraria uma senzala
Um resort localizado na Barra de São Miguel, em Alagoas, está sendo alvo de críticas online por referências à escravidão. As informações são da Times Brasil.
As denúncias foram feitas em sites de hotelaria, nos quais é possível avaliar os estabelecimentos. Segundo as críticas, o hotel possui uma estrutura de paredes grossas e telhado de palha e é decorada com correntes, o que lembraria uma senzala.
O uniforme dos funcionários do resort também foi outro fator apontado pelos hóspedes. De acordo com os posts, os trabalhadores utilizam roupas que remetem aos trajes de pessoas escravizadas.


Hotel
O Kenoa Exclusive Beach & Spa Resort é considerado um hotel de luxo com a proposta de oferecer uma experiência única aos seus hóspedes. Este ano, a propriedade recebeu a Chave Michelin, premiação internacional que classifica os melhores hotéis ao redor do mundo seguindo critérios como localização, design e arquitetura, serviço, individualidade e capacidade de proporcionar uma experiência extraordinária a um preço justo.
O empreendimento pertence ao engenheiro português Pedro Marques, que também ficou responsável pelo projeto arquitetônico.
A classificação é dividida em uma chave (estadia muito especial), duas chaves (estadia excepcional) e três chaves (estadia extraordinária). O hotel recebeu a classificação de uma chave.
Depoimentos
As denúncias são antigas.
“Percebi e me senti oprimida e envergonhada com o uniforme dos funcionários, pareciam roupas de escravos, roupas cinzas brim amassado e com turbante na cabeça. O pessoal da faxina com vestidos de brim compridos e com turbantes na cabeça. Me fez voltar a lembrança da escravidão, aquele tempo triste que devemos deixar guardado como uma parte ruim de nossa historia”, escreveu uma internauta que se hospedou no local em 2020.
“Senti um ar ruim, paredes escuras, sombrio, Será que os hóspedes se sentem bem, sendo servidos por pessoas assim, vestidas como escravos? Pelo que li essas reclamações já são de tempos e eles nada fazem para mudar”, conclui.
Outras avaliações foram trazidas na matéria da Times Brasil, mas, mesmo após busca detalhada, a reportagem não conseguiu encontrá-las nos sites de origem.


Reclamações
De acordo com informações da Times Brasil, os funcionários fazem reclamações de forma reservada, demonstrando medo de represálias, mas reconhecem a importância econômica do empreendimento para a cidade, destacando as oportunidades de geração de emprego e renda.
Pronunciamento
Até o momento, não há um pronunciamento oficial do resort sobre a polêmica.
A reportagem tentou contato com o hotel, mas, até o momento de publicação da matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
*Com informações da Times Brasil


