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Tarólogo alagoano faz previsões para 2026 e cita JHC, autossabotagem e temperança
Cartas revelaram previsões nos campos da política, trabalho e amor
Falta pouco para o começo do ano que vem e as expectativas estão em alta para o que está por vir. Diversas alternativas são procuradas para saber o que nos espera em 2026, seja por meio de sinais do tempo e dos contextos atuais, ou através de simples previsões pessoais, prospecções e rituais, orações e pedidos ao divino. Mas não dá para negar: o fim do ano é um período em que a superstição e o desejo por boas novas, para o futuro, ficam ainda mais evidentes.
Pensando nisso, o Jornal de Alagoas consultou o tarólogo alagoano Thiago Almeida, especialista há mais de 20 anos, para realizar algumas tiragens e interpretar o que as cartas revelam para o ano que vem no Brasil e em Alagoas, nos campos da vida, política, economia, trabalho e amor (confira detalhes das tiragens ao final da matéria).
Segundo Thiago, as duas palavras que podem resumir o ano de 2026 são: coragem e temperança, já que será um ano de eleições e suscetível a corridas para alcançar o lugar mais alto do pódio.
“O Cavaleiro de Paus: ele fala sobre impulsividade, ousadia, coragem, força de vontade para dar continuidade ao início de projetos, enquanto a temperança fala sobre a estabilidade das coisas que a gente tem. Se a gente tem um projeto, a temperança diz que tudo que envolve esse projeto, esse sonho, ele vai ser realizado a um longo prazo. A temperança diz que nada acontece do dia para a noite, ela diz que tudo acontece com um planejamento bem detalhado, bem arquitetado e demorado”, explicou o especialista.
No campo da política em Alagoas, Thiago interpretou que quem já tem esse poder de governar, tanto o estado quanto o município, estará à frente de tudo. Para ele, o atual prefeito de Maceió, JHC, pode continuar tentando lutar contra a antiga gestão e ficar sozinho entre os leões.
Ainda segundo o tarólogo, os alagoanos devem tomar cuidado com vínculos menos afetivos, aqueles que só pretendem ter algo só mais físico, porque é através da impulsividade que podem vir os erros e as falhas, tendo consequências um pouco mais graves.
“Por exemplo, algum tipo de depressão, tanto leve quanto profunda. Porém, a tendência é essa: para quem não se cuidar em relação à impossibilidade afetiva, romântica, carnal, o perigo que ocorre é ficar preso, estagnado, em uma situação de tristeza ou depressão”, disse Almeida.
O que é tarologia?
Para o especialista, a tarologia é o estudo do tarô em seus diversos aspectos, como símbolos, formas, cores, história e o significado de cada carta. Já a taromancia, corresponde à leitura preditiva ou divinatória do tarô, utilizada para prever o futuro ou compreender tendências que se formam a partir de situações, escolhas e atitudes.
"O tarô convida à pausa e à observação do cotidiano sob um novo olhar, permitindo sair do comum e alcançar uma análise mais específica e profunda. Por meio desse processo, é possível reavaliar o que já passou, entender o momento presente e identificar tendências de um futuro próximo", explicou Thiago Almeida.

Thiago Almeida atua no ramo da tarologia há mais de 20 anos. Foto: Cortesia
O que significa "ler as cartas"?
Thiago também acrescentou que ler as cartas é estar em um limiar entre o conhecimento racional e a intuição, sendo também um exercício delicado que une técnica e sensibilidade.
"Cada leitura é única: mesmo que as cartas se repitam, os significados mudam de acordo com quem pergunta e com o contexto vivido. Por isso, o tarô não oferece respostas prontas, mas caminhos de entendimento, reflexão e possibilidades sobre o que está por vir e sobre o que pode ser feito a partir disso", destacou.
Confira abaixo o que Thiago interpretou das cartas:
Previsões para 2026
A vida no Brasil
As duas cartas que saíram para falar do ano de 2026 para o Brasil foram o Cavaleiro de Paus e a Temperança. Pelas duas cartas que saíram, entende-se que o ano vai ser um ano bem corrido, que o Brasil vai tentar alcançar algumas metas que em 2025 não conseguiu. É como se fosse um ano para tentar ser líder, conseguir uma posição de destaque maior do que o ano de 2025.
É como se o Brasil tentasse recuperar aquilo que ele deixou parado, que não teve uma resposta tão imediata. E a Temperança afirma isso, que alguns contratos, alguns acordos que o Brasil tentou estabelecer, em 2026 ele consegue. Talvez não de imediato, mas durante o ano ele vai conseguir ter um diálogo, entrar em um tipo de diplomacia para conciliar as partes interessadas e aí firmar os acordos que ele achar necessário. Tanto isso internamente como externamente, para qualquer tipo de setor que o país esteja necessitando na hora, no momento.
Em Alagoas, é preciso união
Em Alagoas, já que são duas cartas, resolvi aqui dividir a primeira para representar o primeiro semestre e a segunda para representar o segundo semestre. O 9 de copas, ele diz que Alagoas no primeiro semestre vai estar muito bem. Em relação à questão de estar com os outros estados da região Nordeste, é onde Alagoas tem que começar a investir mais, começar a entender que é com a força dos outros 8 estados nordestinos que a gente, enquanto estado, consegue ter uma representação muito mais forte no cenário nacional e também regional.
Alagoas não pode ficar se entendendo como um estado sozinho. E acreditar que sozinho vai conseguir vencer. Não é bem por aí. Para a gente se dar bem, a gente tem que estar com os outros. É um fortalecimento regional. Tanto é que a carta que saiu foi o 9 de copas. E nós temos na região Nordeste 9 estados. Então é aquela coisa. A União vai estabelecer a força da região e dos estados da região nordeste.
E já para o segundo semestre o que saiu foi o 6 de copas. E aqui o 6 de copas diz que a gente vai começar a ficar sentindo falta de algo que não está sendo tão representativo. Por exemplo, essa União do início do ano talvez não tenha sido tão legal e a gente comece a deixar um pouco mais de lado. Mas eu entendo que isso vai ser um erro. Isso vai ser uma falha cometida por quem estiver no poder, por quem estiver na lei.
Liderança porque acredita que não foi tão vantajoso para o seu governo estar com os outros estados e lutar por algo que seja de todos, que seja da região. É como se fosse uma questão mais egoísta. Quem está no governo vai querer ter somente a representação do que está fazendo para si, não quer compartilhar a notoriedade.
O que podemos esperar da política no Brasil?
Em relação à política, vai ser a mesma coisa, a gente vai ver uma grande corrida pelo poder, pela necessidade de estar no poder, mas o que vai acontecer é que as coisas vão permanecer como estão. Tudo indica, pelas duas cartas, que o embate vai ser muito grande entre esquerda e direita, mas quem vai permanecer ainda vai ser a situação atual. Se mudar o governo, ele tende a ficar uma coisa mais centrão, mas mesmo assim não vai ter tantas voltas como as pessoas de direita gostariam que isso acontecesse. A política vai ficar do mesmo jeito que está.
Sobre a economia, do mesmo jeito, o Brasil vai começar um ano lá em cima e depois vai ficar mais estabilizado, não vai ter nenhum
tipo de grande mudança, grande avanço, as coisas tendem a ficar um pouco controladas, mesmo assim, é um controle que pode ser muito delicado, em algum momento está muito bem controlado, muito bem alicerçado nos indicadores econômicos, a inflação, por exemplo, está controlada, mas em algum momento ela pode ter um pico depois baixar, mas isso é o controle deles, não vai ter nada tão gritante como poderia ter em outras situações. Então a gente não vai passar por nenhum tipo de crise econômica tão grave assim.
A política em Alagoas
Quando a gente parte para a questão política, para saber quem vai vencer, quem não vai ganhar as eleições em Alagoas, pelas duas
cartas que saíram, tudo indica que quem já tem esse poder de governar tanto o estado como o município vai estar à frente. A gente não tem aqui mais concorrentes, a gente só tem duas opções.
Quem já está sendo visto, quem já está conseguindo notoriedade, que está conseguindo mostrar que a sua gestão é positiva, mas na questão de ser, como diria assim, mais notável, ser mais reconhecida, essa pessoa tem mais chances de ganhar o governo para o
estado. Mas mesmo assim o embate vai ser grande e a diferença vai ser pouca quando for apurar as urnas, porque o César de Copas
diz que quem já governou vai tentar governar de novo, porque acredita que é necessário voltar para o poder, porque teve coisas que não conseguiu suprir e agora acredita que vai poder fazer.
Então, literalmente, é como se a gente visse o JHC tentando lutar contra a antiga gestão.
Uma coisa que acho interessante é que mesmo que a gente venha a falar que o prefeito atual de Alagoas tente concorrer para governador, ele vai estar literalmente só, porque ele entende que não vai precisar de mais ninguém por trás dele. Já a gestão antiga que passou, ela já tem muito mais poder político, ela já tem uma herança política bem mais forte e consolidada do que o prefeito de Maceió.
Sobre as oportunidades de trabalho no Brasil
As cartas que saíram para o Brasil para falar sobre a questão de trabalho foram o 8 de espadas e o rei de espadas. Espada sempre é um naipe muito crítico, muito desafiador, porque ele vem lidar muito com o nosso mental. Então eu entendo que vai ser um ano bem difícil, um ano que vai trazer alguns obstáculos, e principalmente autossabotagem. As pessoas vão começar a acreditar que elas não
têm capacidade de prestar um concurso porque a concorrência é muito grande, não vão conseguir passar numa entrevista porque vão
ver que os outros entrevistados se vestem bem, se vestem melhor do que ela. Então tudo isso é autossabotagem.
E o 8 de espadas ele fala literalmente disso, que a gente se põe no lugar de vítima e não consegue ver nenhum tipo de solução para sair daquele impasse, daquele aprisionamento que a gente se impôs.
Já o Rei de Espadas, ele sugere que a gente precisa ter mais coragem e ousadia para quebrar esses bloqueios que a gente coloca, porque o Rei de Espadas sempre vai estar disposto a sentenciar tudo aquilo que não é mais válido, ele não vem ceifar, mas ele vem julgar tudo aquilo que precisa ser julgado e posto de lado. É literalmente cortar, usar a espada como um objeto para ter um direcionamento. Então, já que o naipe que impede para o Brasil no trabalho é espadas, então a
gente tem que começar a afiar o nosso mental para a gente criar resiliência e a gente poder direcionar a nossa vida para o que a
gente quer.
Se a gente já tem um objetivo, então o foco é no objetivo para a gente ter o melhor resultado possível. Mas de forma bem resumida, os brasileiros precisam parar com a autossabotagem.

É tudo questão de processo
Já para a Alagoas, as cartas que saíram foi: o julgamento e o 10 de ouro.
Acredito que para a Alagoas, o cenário em relação a conseguir trabalho, dinheiro, para se sustentar e sustentar a família, vai ser
uma coisa mais fácil do que no restante do Brasil, porque o julgamento, embora seja uma carta que fale sobre um momento que seja um pouco turbulento, ele sempre vai mostrar que aquilo é passageiro, que é um momento crítico, mas em algum momento, em alguma determinada fase, ele vai se findar, e a gente consegue sair da crise.
E o 10 de ouro ele vai falar sobre prosperidade, uma prosperidade que alicerça o que a gente tem de mais básico e
essencial, que é a família, a nossa alimentação, as coisas que nos sustentam e nos estruturam. Então eu posso falar de modo bem geral que para Alagoas as pessoas vão ter um pouco de dificuldade de encontrar emprego porque elas vão ter que passar por algum tipo de processo, ou seja, tanto um processo de entrevistas, dinâmicas, provas, como também processo para quem vai empreender, de saber como iniciar uma empresa, como poder tocar seu próprio negócio.
Mas o interessante é que depois dessa dificuldade, que aqui eu entendo como um aprendizado, as pessoas conseguem um êxito interessante para elas. Elas conseguem ter algum tipo de retorno e esse retorno é até realmente monetário. Então para Alagoas as pessoas podem esperar um momento desafiador, mas que trará bons resultados, resultados positivos para cada um.
Corações partidos, lábios divididos: o amor no Brasil
Para o Brasil, as cartas que saíram foi a Imperatriz e o Sete de Espadas. A carta da Imperatriz ela sempre vem falar sobre alegria, sucesso, prosperidade, fertilidade e o sete de espadas, ele fala sobre perdas, sobre subtrações, traições. Então, de um modo muito geral, eu entendo que o amor no Brasil vai estar em alta.
Querendo ou não, vai ser um ano onde vão estar se formando mais famílias,
mas, mesmo assim, a gente terá muito perigo principalmente para a questão feminina ainda. Porque eu diria que é muito fácil a gente perceber que o sete de espadas ele vai ferir bastante, principalmente os corações daqueles que ainda acreditam no amor.
As mulheres devem ter mais cuidado, redobrar a atenção nisso. Toda mulher tem que ter mais cuidado consigo mesma e com a outra, tem que ter mais sororidade. Os homens têm que ter um pouco mais de atenção e entender que por ser homem ele pode amar e pode sentir amor, não precisa ter nenhum tipo de receio, tem que começar a desapegar dessa questão do poder achar que tem a mulher como objeto, como posse, não é isso.
A tendência é que a gente consiga ver as leis em relação às mulheres sendo mais fortes, tendo mais embates para que se concretizem e venham ser mais implementadas e executadas.
Frenesi das rápidas relações e o ego: o amor em Alagoas
Já para Alagoas, as duas cartas que saíram foi o Cavaleiro de Paus e o Enforcado. O Cavaleiro de Paus significa, nessa questão de amor, ousadia, impulsividade, sexualidade, fogo, desejo latente mesmo, e o Enforcado já é literalmente um banho de água fria sobre esses significados do Cavaleiro de Paus. Porque ele vem falar que a gente está se sacrificando demais pelo outro e assim a gente não consegue ter uma troca justa.
De um modo geral, para Alagoas, o amor vai estar sendo uma coisa mais carnal, uma coisa que não vai estar gerando tanto vínculo afetivo, as pessoas vão estar mais interessadas apenas em satisfazer seus próprios egos. É questão de uma troca que é desigual. A gente só quer receber, mas a gente também tem que saber como doar.
E aquelas pessoas que são mais sentimentais vão sentir mais esse peso, porque elas vão ficar literalmente reféns da situação. Ficam dando demais e recebendo pouco, porque elas também precisam parar de especular, parar de pensar tanto, de idealizar tanto o outro. Elas têm que começar a sentir que são donas de si e que podem receber prazer de forma igual e legítima como qualquer outra pessoa.
E para aqueles que só pretendem ter um vínculo menos afetivo, só mais físico, todo cuidado é pouco, porque através da impulsividade pode vir os erros e as falhas, e aí depois as consequências vão ser um pouco mais graves como, por exemplo, ver algum tipo de depressão, seja ela do nível que for: leve ou mais profunda. Porém, a tendência é essa, para quem não se cuidar em relação à impossibilidade afetiva, romântica, carnal: o perigo que ocorre de ficar preso, estagnado, numa situação de tristeza ou
depressão.



