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Saiba quem estava na casa no momento da prisão de Bolsonaro

Ex-presidente atribui destruição da tornozeleira a surto medicamentoso e detalha quem presenciou o episódio

Por Redação com agências 23/11/2025 17h05
Saiba quem estava na casa no momento da prisão de Bolsonaro
Bolsonaro - Foto: Reprodução/STF

Em audiência de custódia neste domingo (23), Jair Bolsonaro explicou às autoridades as circunstâncias que levaram à destruição de sua tornozeleira eletrônica. O ex-presidente afirmou ter tido um surto medicamentoso durante a madrugada. Segundo ele, não houve intenção de fuga.

Bolsonaro relatou que, no momento em que queimou o equipamento, apenas três pessoas estavam em casa. A filha Laura, um assessor e seu irmão mais velho dormiam quando o episódio ocorreu. A informação foi repassada por investigadores à CNN.

De acordo com o depoimento, o incidente ocorreu por volta da meia-noite. Bolsonaro contou que usou um ferro de solda para manipular a tornozeleira. Ele disse que todos na residência estavam dormindo quando iniciou a ação.

O ex-presidente afirmou que faz uso de medicamentos há quatro dias. O tratamento seria para crises de ansiedade, tosse persistente e enjoos. Bolsonaro atribuiu o comportamento aos efeitos desses remédios.

Investigadores relataram que ele se mostrou ansioso e abatido após a prisão. Durante a manhã, caminhou de um lado para o outro na sala onde está detido. O espaço tem ar-condicionado, TV, banheiro e armário.

Bolsonaro também comentou sofrer de insônia, descrevendo um “sono picado” ao longo das noites. Disse que acorda repetidas vezes sem explicação aparente. O problema teria se intensificado nos últimos dias.

Em outro trecho da audiência, o ex-presidente falou ter tido alucinações. Segundo ele, chegou a acreditar que a tornozeleira continha escutas. A narrativa foi citada pelos investigadores que acompanharam o depoimento.

A audiência de custódia manteve a prisão preventiva. O ministro Alexandre de Moraes não participou da sessão, e o caso permanece sob sua responsabilidade. O processo segue em análise no Supremo Tribunal Federal.