A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiu, de forma temporária, aceitar a matrícula de candidatos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aprovados em vagas destinadas a pessoas com deficiência, sem a necessidade de passar pela banca biopsicossocial. 

A decisão cumpre recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que apontou falhas no processo de avaliação.

O órgão ministerial orientou que a Ufal reformule a atuação das bancas, após casos em que autistas tiveram a matrícula negada mesmo apresentando laudos médicos que confirmavam o diagnóstico.

Segundo a procuradora da República Júlia Cadete, a instituição deve adotar mudanças estruturais para corrigir o problema.

O representante do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) na Ufal, Zeuxis Morais, informou que a alteração já está em vigor desde 5 de agosto.

“A dispensa da avaliação biopsicossocial para candidatos autistas passou a valer a partir daquela data. Basta comprovar o diagnóstico por meio de laudo médico”, afirmou.