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Tanure condiciona compra da Braskem a acordo sobre desastre em Maceió

Empresário quer solução financeira e exclusão de responsabilidade penal antes de avançar nas negociações

Por Redação* 12/08/2025 09h09
Tanure condiciona compra da Braskem a acordo sobre desastre em Maceió
Braskem em Maceió - Foto: Afrânio Bastos

O empresário Nelson Tanure afirmou que só seguirá com a compra do controle da Braskem caso haja um acordo amplo com autoridades sobre o afundamento do solo em Maceió, decorrente da extração de sal-gema. O caso já levou a petroquímica a desembolsar cerca de R$ 13 bilhões em indenizações a famílias afetadas.

Segundo Tanure, a definição de um entendimento com todas as entidades envolvidas é condição essencial, assim como a exclusão de qualquer transferência de responsabilidade penal para os novos acionistas. Ele também defende que o equacionamento financeiro seja estabelecido antes de avançar na negociação.

“Um acordo com todas as entidades envolvidas no desastre de Alagoas é ‘sine qua non’. Sobretudo da não transferência da responsabilidade penal e de equacionamento financeiro para os novos acionistas”, disse o empresário à Reuters nesta segunda-feira (12).

Em maio, Tanure assinou exclusividade de 90 dias para negociar a compra da participação da Novonor na Braskem. A Petrobras, sócia e controladora junto à Novonor, possui direito de preferência. O prazo de exclusividade termina em 21 de agosto.

Enquanto isso, a IG4 Capital avalia apresentar proposta alternativa após o fim do prazo, e a Unipar negocia a compra de fábricas da Braskem nos Estados Unidos por cerca de US$ 1 bilhão — operação que não conta com apoio de Tanure nem da IG4.

Com agências.