O homem morto a tiros durante abordagem policial no dia 13 de julho era Jeferson de Souza, de 24 anos, que se mudou para São Paulo para procurar uma vida melhor após a morte da mãe em 2019. Natural de Craíbas, interior de Alagoas, o jovem sonhava em ser jogador de futebol.

Micaele Soares de Souza, irmã de Jeferson, contou que o irmão sonhava em ser jogador de futebol e se mudou para São Paulo em busca de melhores oportunidades, pois em sua cidade natal era carente de oportunidades.

Ela o definiu como um jovem de coração bom, sempre disposto a ajudar a família. Ele começou a trabalhar em uma pizzaria, mas com o tempo foi se perdendo no mundo das drogas, momento em que Jeferson passou a viver em situação de rua.

Profundamente abalada, Micaele expressou sua revolta diante da tragédia e disse que jamais imaginou vê-lo morrer de forma tão cruel.

Para ela, nada no mundo justifica tirar a vida de um ser humano de maneira tão brutal e espera que a justiça seja feita para, segundo ela, a forma covarde com que a vida do seu irmão foi tirada por pessoas que deveriam protegê-lo.

Segundo informações do portal g1, os policiais militares envolvidos tornaram-se réus por homicídio qualificado e estão presos preventivamente desde o mês passado.

Entenda o caso

Em 13 de junho os réus realizavam patrulhamento de rotina quando resolveram abordar o homem após vê-lo descendo de uma árvore. Eles constataram que a vítima não portava documentos e a levaram para trás de um pilar sob o viaduto. Lá, o executaram. Para a promotoria, Gehrinh aderiu ao propósito homicida de seu colega de farda e colocou a mão sobre a lente da câmera corporal no momento dos disparos para obstruir o registro da execução.