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“Podiam ter salvado meu irmão”: família denuncia negligência de UPA após morte de criança por meningite
A irmã afirma que, embora já houvesse suspeita de meningite na primeira ida à UPA, os procedimentos adequados só foram iniciados após o retorno da família à unidade

A morte do pequeno Luiz Henrique da Silva, de 4 anos, vítima de meningite, gerou forte comoção e revolta entre familiares. O menino faleceu na madrugada desta terça-feira (1º), em Maceió, após passar por atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Benedito Bentes. A família denuncia falhas no atendimento e questiona por que medidas não foram tomadas desde a primeira ida à unidade de saúde.
Segundo Rosemeire, o menino começou a passar mal na manhã de segunda-feira (30) e foi levado à UPA, onde realizou exames de sangue, mas acabou sendo liberado para casa. Com o agravamento do quadro, os pais retornaram à unidade ainda no mesmo dia. Somente nesse segundo atendimento a equipe médica solicitou a transferência de Luiz Henrique para o Hospital da Criança.
A irmã afirma que, embora já houvesse suspeita de meningite na primeira ida à UPA, os procedimentos adequados só foram iniciados após o retorno da família à unidade.
"Eu quero Justiça. Foi feito um exame de sangue na UPA e a criança estava com meningite. Por que não foi constatado? Por que não tomaram providência? Eu creio que, se tivessem detectado e agido contra a bactéria desde o início, poderiam ter salvado meu irmão", desabafou Rosemeire.
Ela também relatou que, após o primeiro atendimento, a família não foi informada sobre o resultado do exame. “O que foi feito com o sangue? Ou a médica não analisou o exame, ou o laboratório errou na realização. Alguém falhou”, criticou.
Após ser liberado pela primeira vez, Luiz Henrique recebeu prescrição de Ibuprofeno e Simeticona. No entanto, mesmo com a medicação, seu estado piorou e ele começou a apresentar manchas roxas pelo corpo — um sinal clássico de meningite meningocócica.
Em nota, a UPA informou que o caso passou a ser tratado como suspeita de meningite apenas após a piora no estado de saúde da criança, quando foi realizada a transferência para o Hospital da Criança, referência no atendimento de casos como esse.
*Com informações do TNH1
