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Fumaça e alérgenos podem agravar casos de asma durante festas juninas, alerta pneumologista do HGE

Especialista recomenda evitar exposição a agentes irritantes e reforça a importância do acompanhamento médico e de hábitos saudáveis

Por Ascom HGE 22/06/2025 10h10
Fumaça e alérgenos podem agravar casos de asma durante festas juninas, alerta pneumologista do HGE
Apesar de ser mais comum em crianças e adolescentes, a asma pode acometer pessoas de todas as idades - Foto: Beatriz Castro

Com a chegada do período chuvoso e das festas juninas, cresce a preocupação com os agravantes da asma, uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. De acordo com o pneumologista Luiz Cláudio Bastos, do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, pacientes asmáticos devem redobrar os cuidados para evitar crises, principalmente evitando a exposição à fumaça, à poeira, ao mofo e a outros agentes alérgicos comuns nessa época do ano.

Apesar de mais frequente em crianças e adolescentes, a asma pode afetar pessoas de todas as idades. Os sintomas mais recorrentes incluem sensação de aperto no peito, tosse (principalmente ao acordar ou à noite) e chiado no pulmão.

“As crises asmáticas são comumente provocadas por alergias. O estresse e o excesso de exercício físico também podem ser gatilhos. Quando os sintomas aparecem, é essencial utilizar a medicação prescrita, à base de corticoides inalatórios e broncodilatadores. Caso não haja melhora, o paciente deve procurar atendimento médico imediato”, alertou o especialista.



Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da asma é feito com base na análise clínica e, principalmente, por meio da espirometria — exame que avalia o grau de obstrução das vias respiratórias após o uso de broncodilatador. O pneumologista também considera fatores como ambiente doméstico e de trabalho, presença de doenças associadas como rinite e sinusite, e histórico familiar.

A asma não tem cura, mas pode ser controlada. Em muitos casos, os sintomas diminuem ou até desaparecem na vida adulta.

“O tratamento é individualizado e depende da situação de cada paciente. Por isso, é fundamental buscar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) diante de uma crise, e dar continuidade ao acompanhamento médico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Clínica da Família, que, se necessário, podem encaminhar para serviços especializados”, explicou Luiz Cláudio.


Além do uso regular dos medicamentos indicados, o controle da doença também exige hábitos de vida saudáveis e a manutenção de um ambiente limpo e ventilado. Quando bem tratado, o paciente asmático consegue ter mais qualidade de vida e reduzir significativamente o risco de crises.