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Médicos e veterinários de IFs denunciam descumprimento de acordo salarial em protesto na Ufal
Categoria afirma que o objetivo do ato é chamar a atenção da comunidade acadêmica e da sociedade sobre a situação enfrentada pelos médicos e veterinários das IFEs

Médicos e médicos veterinários que atuam nas Instituições Federais de Ensino (IFEs), incluindo a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), denunciam o descumprimento de um acordo firmado com o governo federal após a greve de 2024. Segundo a categoria, a medida compromete direitos garantidos por lei e gera insegurança jurídica para os profissionais que, em forma de protesto, realizaram nesta quinta-feira (12) um ato público de denúncia no campus A.C. Simões, em Maceió.
A categoria afirma que o objetivo do ato é chamar a atenção da comunidade acadêmica e da sociedade sobre a situação enfrentada pelos médicos e veterinários das IFEs.
De acordo com o Coletivo Nacional dos Médicos e Médicos Veterinários das IFEs, os profissionais foram excluídos dos reajustes salariais previstos no Termo de Acordo nº 11/2024, que estabelecia aumentos de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, além da atualização dos passos da carreira dos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). Contudo, os médicos receberam reajustes inferiores, de apenas 4,5% ao ano.
Além disso, a categoria contesta a alteração da nomenclatura dos cargos nos sistemas oficiais, como o SouGov e o Siapenet. A mudança teria retirado os profissionais do enquadramento legal correto, violando o princípio da isonomia, já que os cargos de médico e médico veterinário historicamente pertencem ao nível E da carreira técnico-administrativa, compartilhando a mesma tabela salarial dos demais cargos.
O coletivo reforça que a luta não é apenas pela recomposição salarial, mas também ao cumprimento integral dos acordos formalizados em lei e à valorização do serviço público federal. A mobilização conta com o apoio de reitores, sindicatos, conselhos de classe e parlamentares, que apresentaram emendas no Congresso Nacional buscando reverter as alterações impostas. Entretanto, até o momento, as mudanças permanecem vigentes.
Diante do impasse, a categoria não descarta a possibilidade de novas paralisações e ações judiciais caso o governo federal não retome os termos originais do acordo.
*Com informações do Cada Minuto
