Um recente estudo realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis revelou que Maceió, capital de Alagoas, figura como a sexta capital brasileira com maior desigualdade socioeconômica no país. 

O ranking, que considera uma variedade de indicadores, desde educação e renda até questões climáticas, coloca a cidade alagoana em uma posição preocupante.  

De acordo com os dados divulgados, Maceió acumula 428 pontos no somatório dos indicadores sociais analisados, uma pontuação significativamente distante da primeira colocada, que alcançou 677 pontos. Essa classificação é resultado da avaliação de 40 indicadores, abrangendo aspectos como renda, moradia, saúde, educação e violência, entre outros. 

A pesquisa também destaca que, entre as capitais brasileiras, Curitiba se destaca como a menos desigual, seguida por Florianópolis, Belo Horizonte e Palmas. Por outro lado, Maceió encontra-se em uma posição alarmante, ficando atrás apenas de Rio Branco, Manaus, Belém, Recife e Porto Velho, esta última ocupando a pior colocação no ranking. 

Para os autores do estudo, a disparidade estrutural observada entre as capitais brasileiras indica a necessidade de uma abordagem mais abrangente por parte das políticas públicas. Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis, ressalta que as tentativas de solucionar as desigualdades muitas vezes focam em medidas pontuais, sem abordar as causas fundamentais desses problemas. 

Ranking classifica capitais menos e mais desiguais no Brasil (Pontos* por capital, excluindo Brasília)

Curitiba - 677

Florianópolis - 672

Belo Horizonte - 615

Palmas - 607

São Paulo - 594

Vitória - 590

Cuiabá - 583

Porto Alegre - 580

Goiânia - 578

Campo Grande - 549

Rio De Janeiro - 548

Natal - 516

Boa Vista - 498

Teresina - 473

Aracaju - 468

João Pessoa - 463

Salvador - 438

Macapá - 435

São Luís - 435

Fortaleza - 431

Maceió - 428

Rio Branco - 424

Manaus - 417

Belém - 393

Recife - 392

Porto Velho - 373

O Mapa da Desigualdade entre as Capitais reúne indicadores alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, utilizando dados de diversas fontes e anos. Essa abordagem multifacetada permite uma análise mais ampla das disparidades sociais e econômicas que permeiam as diferentes regiões do país. 

Além disso, o estudo aponta que mesmo as capitais com melhor desempenho, como Curitiba, ainda enfrentam desafios significativos, como a desnutrição infantil e a baixa cobertura vacinal. 

Diante desse panorama, o Mapa da Desigualdade serve como um instrumento para provocar reflexões e estimular ações mais efetivas por parte das administrações públicas.