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Crescem as denúncias de condições precárias nas escolas municipais de Maceió

Desde o ano passado, diversos casos foram denunciados à reportagem do Jornal de Alagoas, que acompanhou de perto e noticiou com detalhes situações de descaso

Por Ruan Teixeira 06/03/2024 17h05 - Atualizado em 06/03/2024 18h06
Crescem as denúncias de condições precárias nas escolas municipais de Maceió
Situação precária na escola Municipal Paulo Henrique Costa Bandeira, localizada no Benedito Bentes, - Foto: Arquivo/Jornal de Alagoas

O Jornal de Alagoas tem acompanhado de perto uma série de situações alarmantes que têm sido denunciadas nas escolas municipais de Maceió. Desde o ano passado, a falta de água, estrutura inadequada, adoecimento dos profissionais da Educação, ausência de climatização e diversos outros problemas têm sido recorrentes.

Recentemente, políticos como o vereador Joãozinho (PSBD) e o ex-deputado estadual Lobão (Solidariedade) trouxeram à tona casos de descaso em diversas escolas da capital alagoana, gerando preocupação e revolta na comunidade educacional e população em geral.

Na Escola Municipal Manoel Pedro dos Santos, localizada no Santos Dumont, por exemplo, ventiladores quebrados têm sido um problema recorrente, incapazes de suprir as necessidades dos alunos em um ambiente propício para o aprendizado. 

Da mesma forma, na Escola Municipal Corintho da Paz, na Cidade Universitária, goteiras e problemas estruturais no refeitório têm sido motivo de preocupação, colocando em risco a segurança dos estudantes.

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A Escola Municipal Paulo Henrique Costa Bandeira, também situada no Benedito Bentes, é outro exemplo de negligência por parte da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Com mais de 800 alunos distribuídos em três turnos, a escola enfrenta diariamente problemas estruturais, chegando ao ponto de suspender as aulas devido à falta de água e à precariedade das instalações. 

Outro caso, é na Escola Municipal Professor Antídio Vieira, no bairro do Trapiche, que tem enfrentado sérias dificuldades de infraestrutura, como a falta de ventiladores, teto sem forro e janelas quebradas, além de problemas de infiltração que afetam diretamente a segurança e o bem-estar dos alunos e funcionários. 

Situação alarmante 

Em entrevista ao Jornal de Alagoas, a diretora da Escola Municipal Pio X, localizada no bairro do Prado, destacou os graves problemas estruturais enfrentados pela instituição, incluindo infiltrações e falta de climatização adequada, que têm prejudicado o ambiente de ensino. 

Diante dessas situações alarmantes, tanto os professores quanto os pais, mães e diretores têm exigido respostas urgentes por parte do poder público. Os problemas, embora antigos, ganharam destaque após os professores se recusarem a iniciar o ano letivo sem as condições mínimas necessárias para garantir a qualidade da educação oferecida aos estudantes. 

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) também se pronunciou, denunciando a situação precária das escolas municipais e a omissão da Semed. 

Segundo Valdivam Raimundo, assessor político do Sinteal, várias escolas estão em condições insalubres, contribuindo para o adoecimento dos trabalhadores da Educação e dos próprios estudantes.