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Água mina e abre crateras em residências na Chã da Jaqueira

Moradora afirma que Defesa Civil condenou a sua residência, que está com a estrutura comprometida devido ao problema

Por Redação* 08/01/2024 17h05
Água mina e abre crateras em residências na Chã da Jaqueira
Dona de casa Angela Maria mostra cratera - Foto: Sandro Lima

Moradores do Conjunto Padre Pinho, na Chã de Jaqueira, denunciaram a situação que se encontram, vendo a água minar dentro de suas casas, chegando a abrir crateras que prejudicaram a estrutura de suas residências.

A dona de casa Angela Maria Matias de Arruda é uma das que tem a residência mais comprometida. Em entrevista à Tribuna, ela conta que a Defesa Civil esteve em sua casa no final do ano passado, e no dia 22 de dezembro, através de um relatório assinado pelo órgão, foi confirmada a vistoria e constatada uma cratera aberta depois de ter surgido um minador no local.

“A Defesa Civil condenou a minha casa. Disse que não adiantava eu fazer obra nenhuma para tentar reverter a situação”, relatou à reportagem.

No entorno da casa existem outras minas, que teriam inclusive um fluxo maior de água.

“Eles disseram que o problema vem do lençol freático que vai formando crateras para a água passar. Quando a comunidade consegue fechar um minador, com a força da água retida, logo outro se abre a alguns metros. Ao redor da minha casa tem outras quatro casas cheias de água desses minadores. Os moradores fecharam as portas e foram morar com parentes, eu não tenho pra onde ir. Uma parte dos meus familiares mora no Sertão alagoano e outra parte em São Paulo”, contou, desesperada.

A água minando do solo não é o único problema. Além dos móveis e eletrodomésticos sendo perdidos pela água brotando do chão, as paredes de Angela Maria também estão comprometidas pelas rachaduras, que aumentam cada vez mais: “Não bastasse o isolamento socioeconômico que estamos passando, ainda tem esse pesadelo”.

A dona de casa conta ainda que a água do Riacho do Silva está retornando para sua casa dela, devido à movimentação da água da Lagoa Mundaú. Ela relata que a Defesa Civil disse que mandaria uma assistente social para visitá-la, mas até o momento ninguém apareceu.

*Com informações do Tribuna Hoje