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Defesa Civil encaminha documento que pede monitoramento emergencial nas minas 20, 21 e 29

O documento foi enviado dia 30 de dezembro de 2023 e possui 6 recomendações diretas a Braskem

Por Redação* 04/01/2024 13h01 - Atualizado em 04/01/2024 13h01
Defesa Civil encaminha documento que pede monitoramento emergencial nas minas 20, 21 e 29
Bairro do Mutange em Maceió afetado pela mina 18 da Braskem - Foto: Reuters / BBC News Brasil

Um novo documento determinado como urgente foi encaminhado a Defesa Civil de Maceió para o Ministério Público Federal. O texto possui 6 recomendações diretas a Braskem e a força Tarefa que monitora a situação no entorno das minas no bairro do Mutange.

O documento foi enviado dia 30 de dezembro de 2023, entre os itens listados, há um pedido de monitoramento emergencial das cavernas subterrâneas das minas 20, 21 e 29 e a atualização do protocolo de sinkhole - plano de ação para chegada das crateras à superfície.

O texto ainda revela algumas informações que mostram preocupação quanto a situação de minas, pequenos tremores de terra que vem sendo registrados na região, e o deslocamento horizontal de parte da superfície nas margens da Lagoa Mundaú no sentido Norte/Sul.

Segundo o Portal Na Rede, que teve acesso aos documentos, as minas 20 e 21 estão unidas formando uma única caverna gigante no subsolo. A cavidade tem mais de 100 metros de altura, e nela caberiam 3 estátuas do Cristo Redentor. Atualmente é a maior caverna subterrânea identificada e pelo visto, seu avanço rumo a superfície não está sendo monitorado.

A Mina 29 tem uma altura total de 91 metros, mas um formato geométrico onde a base da cratera tem algo em torno de 40 metros e uma extensão que acaba saindo do topo da camada de sal.

Segundo último relatório da ANM a cavidade das minas 20 e 21 e a mina 29 só podem ser monitoradas por Sonar. Na cavidade 20 e 21, o último ocorreu em julho do ano passado. Na época foi constatado um avanço rumo a superfície de cerca de 6 metros por mês. Há 5 meses não há informações sobre que está acontecendo com a caverna. Na 29, o último sonar ocorreu em novembro e constatou um avanço de cerca de 1 metro por mês rumo a superfície.

E para agravar ainda mais a situação as minas são "vizinhas" a mina 18 que colapsou.

O documento "urgente" encaminhado pela Defesa Civil pede a elaboração de um plano de monitoramento emergencial com base nessas informações e ainda porque elas estão abaixo da Lagoa Mundaú. O documento revela que o atual sistema de monitoramento é inviável para acompanhar o avanço dessas crateras.

*Com informações do Portal Na Rede