Responsável por acolher todos os cidadãos que necessitam de atendimento de urgência e emergência de Média e Alta Complexidade em Alagoas, o Hospital Geral do Estado (HGE) assiste diariamente pessoas de diferentes idades, classes sociais, históricos de vida. Devido a essa diversidade de perfis, todas as equipes, principalmente as assistenciais, precisam estar preparadas para acolher cada individualidade.

Entretanto, sabe-se que há casos em que transtornos mentais, problemas com alcoolismo e outras drogas geram comportamentos que podem interferir no sucesso do tratamento. Neste momento é necessária a participação de toda equipe multidisciplinar no convencimento e esclarecimento sobre a necessidade de respeitar as condutas terapêuticas; em último caso, o médico pode prescrever um ansiolítico, também conhecido como calmante.

“É importante essa integração porque, dessa forma, compreendemos melhor cada situação e suas particularidades. Isso inclui, principalmente, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e seguranças. Esse empenho, por mais difícil que seja, é necessário, ainda que contra a vontade dos pacientes, uma vez que na maioria das vezes, estão confusos, assustados e sem compreensão da realidade”, explicou a coordenadora do Serviço Social, Ana Cláudia de Jesus.

Os familiares também são atendidos pelas equipes que acolhem esse tipo de paciente. Devido a situação, a maioria prefere não se identificar, mas é comum que cheguem ao hospital muito cansados, estressados, sem saber como lidar com a situação. É neste momento que a Psicologia tem um papel fundamental, praticando a escuta e orientando nos pontos indispensáveis.

“Muitas vezes esse familiar só precisa de alguém que escute, porque fora do hospital não encontram empatia, solidariedade, afeto, entendimento, respeito. A necessidade de falar é muito comum! No entanto, nem sempre é assim. Esse mesmo tipo de paciente também pode chegar com sinais de abandono, exigindo uma movimentação adicional para o encaminhamento após a alta médica”, acrescentou a coordenadora da Psicologia, Tasmânia Quintela.

Com ou sem familiar, o fato é que o HGE trata a saúde de todos os cidadãos de maneira integral, equânime e igualitária. Também está integrado aos municípios, Organizações Não Governamentais (ONGs), entidades e instituições que podem oferecer serviços complementares durante o atendimento e após a alta hospitalar. Sempre no objetivo de salvar vidas.