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CPI: Mayra Pinheiro poderá ser afastada da saúde após pedido da comissão

Nesta terça (03), a CPI da Covid no senado anunciou que irá pedir o afastamento da médica Mayra Pinheiro do cargo de secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde. Também conhecida como “Capitã Cloroquina”, ela é investigada pela comissão por difundir medicamentos ineficazes contra a covid-19.
Serão feito pelos senadores dois pedidos: um diretamente ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e outro por via judicial. No requerimento que justifica a medida, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) diz haver receio de que Mayra utilize seu cargo para a “prática de infrações penais”. O temor é que ela use documentos a que tem acesso como funcionária da pasta para se proteger e dificultar as investigações.
Em julho, Mayra processou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), por suposta divulgação de dados pessoais. Ela também pede indenização de R$ 100 mil por danos morais alegando ter sido humilhada, discriminada e tido sua reputação “aniquilada” pelo senador.
“Ela não tem mais condições de ficar ali. Depois que o Brasil viu, sinceramente, não dá para o ministro Marcelo Queiroga manter na sua equipe uma pessoa que pensa totalmente diferente da ciência”, diz Omar Aziz, presidente da CPI da Covid.
Vazou imagens:
Durante as investigações, os senadores obtiveram um vídeo de Mayra se preparando para ser ouvida na CPI, em maio. Na gravação, a médica diz ter enviado perguntas a cinco senadores governistas, para que tivesse a oportunidade de defender o tratamento precoce.
O senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) defendeu a servidora e disse que ela não deveria ser afastada por não ocupar um cargo executivo no ministério. Ele acusou os senadores de oposição de “blindagem seletiva” por não solicitar também o afastamento de Carlos Gabas, presidente do Consórcio Nordeste. O grupo de governadores tentou comprar vacinas para agilizar a imunização nos estados.
