Geral
Cenário atual da pandemia é de alto risco em Alagoas e outros 19 estados, aponta Fiocruz
De acordo com Boletim, Alagoas possui uma taxa de 91% ocupação de leitos para UTI Covid-19

O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nessa quarta-feira (09), aponta que o cenário atual da pandemia é de alto risco no Brasil. Em Alagoas, no Distrito Federal e outros 19 estados, a taxa de ocupação de leitos para UTI Covid-19 encontram-se iguais ou superiores a 80%.
De acordo com o estudo, a combinação de um número alto de casos, ligeira queda de óbitos e a maior parte dos estados com altas taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos no SUS demanda muita atenção e prudência. “Ainda é prematuro considerar que há uma queda sustentável de casos e óbitos, ou que estamos entrando em uma terceira onda.”
Encontram-se com taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%, 12 unidades da Federação: Tocantins (94%), Maranhão (90%), Ceará (93%), Rio Grande do Norte (94%), Pernambuco (97%), Alagoas (91%), Sergipe (99%), Paraná (96%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (107%), Goiás (90%) e Distrito Federal (90%). Nove estados apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%: Roraima (87%), Piauí (88%), Paraíba (80%), Bahia (84%), Minas Gerais (82%), Rio de Janeiro (81%), São Paulo (82%), Rio Grande do Sul (84%) e Mato Grosso (87%). Cinco estados estão na zona de alerta intermediário (≥60% e <80%): Rondônia (62%), Amazonas (61%), Pará (78%), Amapá (68%) e Espírito Santo (68%). Um está fora da zona de alerta: Acre (41%).
Na última semana epidemiológica (SE 22, de 30 de maio a 5 de junho), foi mantida a tendência de estabilização dos indicadores de incidência e mortalidade no Brasil, conforme antevisto em boletins anteriores. Foram registrados cerca de 62 mil casos e 1,6 mil óbitos diários por Covid-19 no período, o que configura um alto patamar de risco para a pandemia neste momento.
As pequenas oscilações no número de casos nas últimas semanas demonstram a permanência de transmissão do vírus, ao mesmo tempo em que se observa uma ligeira queda no número de óbitos (-1,5% ao dia). Esse contexto continua a produzir fortes pressões sobre todo o sistema de saúde, considerando que milhares dos casos podem apresentar quadros clínicos graves, exigindo internação e cuidados intensivos.
Os pesquisadores da instituição chamam atenção para a necessidade de se combinar medidas de enfrentamento, nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada.
Dentre as medidas apontadas, está a ampliação da disponibilidade e o uso de máscaras, "com distribuição e uso das que apresentam maior proteção para os trabalhadores mais expostos", incluindo os profissionais da área de educação. A meta é que 80% da população faça uso de máscara, o que confere "uma redução muito acentuada da transmissão". Se somente 50% da população utilizar máscaras, a redução é mínima, segundo a Fiocruz.
