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Fase laranja em Maceió está menos rígida que em 2020
Bares e restaurantes estão autorizados a funcionar em Maceió, com 50% de sua capacidade, exceto nos finais de semana
No último domingo, dia 7 de março, o Sertão e o Agreste alagoano regrediram para a fase vermelha do mapa de risco pandêmico. Já a capital, região da mata e litoral norte do estado, migraram para a fase laranja, irresponsavelmente o comércio em Maceió continua funcionando sem muitas mudanças, diferente do que sugeria o protocolo sanitário elaborado em 2020, com medidas mais rígidas.
Atualmente, bares e restaurantes estão autorizados a funcionar em Maceió, com 50% de sua capacidade, exceto nos finais de semana. Todas as lojas localizadas no Centro comercial podem funcionar das 9h às 17h, de segunda a sexta e das 8h às 13h no sábado. Os Shoppings ainda estão abertos, porém em horário reduzido das 11h às 21h. Todas as medidas da fase laranja você confere aqui.
No projeto inicial do Protocolo Sanitário e de Distanciamento Social Controlado do Governo de Alagoas, na Fase Vermelha, mais restrita, apenas os serviços essenciais deveriam funcionar. Já na Fase Laranja, em que o risco de transmissão do vírus ainda é alto, só deveria ser permitido o funcionamento de lojas ou estabelecimentos de rua com até 400m2, que pratiquem o comércio ou serviços de natureza privada, em horário especial das 9h30 às 17h ou de 9h30 às 20h. Shoppings centers, galerias e centros comerciais não teriam permissão de abrir nessa fase. Salões de beleza e barbearias com quadro de funcionários reduzido em 50%. Templos, igrejas e demais instituições religiosas com 30% de sua capacidade, obedecendo às regras do protocolo sanitário.
Posicionamento
No último dia 9, nas redes sociais, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Alagoas (Abrasel), Thiago Falcão, pediu ao Governo que atenuasse as medidas restritivas, pois, mesmo com a permissão de funcionamento, os estabelecimentos ainda sofreriam grandes prejuízos e ocasionaria demissões em massa.
"A gente vivia em uma bolha que estava prestes a estourar. Então, essa bolha hoje estoura de uma forma mais concreta, mais forte. E vem essa necessidade dessas demissões. A gente precisa com urgência da união das esferas em relação apoio ao setor econômico", disse Falcão.
Thiago também frisou que o Governo Federal poderia aplicar linhas de créditos mais robustas, com a possibilidade de suspensão de trabalho. Já o Governo de Alagoas ficaria encarregado de criar uma linha de crédito através do próprio banco do Estado, além de alternativas em relação aos tributos.
Bares fecham
Alguns bares de Maceió anunciaram em suas redes sociais que não conseguirão permanecer abertos com o novo decreto, contudo ainda não há uma estimativa de quantos estabelecimentos pretendem fechar suas portas.
A casa de show e bar Maikai, localizada no bairro da Jatiúca, divulgou, nesta segunda-feira (08), uma nota afirmando que ficaria inviável manter o local aberto durante esse período, por isso eles optaram por fechá-lo por dez dias. Já a cervejaria Tanque Cheio, que fica na parte alta da capital, informou que ficará fechado por tempo indeterminado por conta do novo decreto.
Bares localizados na antiga Rosa Amélia como Lorde Nelson Pub e o The Spoilers Bars também fizeram anúncios parecidos, não divulgando por quanto tempo se manterão fechados. As lojas do Centro, dos Shoppings e de galerias continuam funcionando com horário reduzido.
Colapso no sistema de saúde
As mudanças de fase são necessárias se levar em consideração o crescimento contínuo de ocupação nos leitos de UTI do estado e a alta nos números de casos confirmados e suspeitos da Covid-19.
De acordo com o último boletim do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para Enfrentamento da Covid-19 da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), publicado na segunda-feira (08), mesmo com a abertura de novos leitos para tratamento de pacientes com Covid-19 na rede pública, o sistema de saúde em Alagoas pode entrar em colapso nas próximas semanas.
A ocupação hospitalar, principalmente os leitos de UTI, apresentou piora ao longo da última semana. A ocupação ultrapassou a marca de 80%, o limite indicado pelo Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a adoção de lockdown.
Os pesquisadores alertam que se o estado mantiver a tendência de alta na demanda por leitos de Covid-19, o sistema de saúde não vai suportar.
Na terça-feira (09) o HGE estava com 70% dos leitos de UTI ocupados. A maternidade Santa Mônica teve surto da Covid-19 em bebês e alguns hospitais privados da capital estão no limite de ocupação.


