Após a publicação de um novo decreto que estabelece horários de funcionamento de bares e proíbe música ao vivo, na manhã desta quinta-feira (24), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) disse que, apesar das reuniões com o Governo, alguns dos pontos discutidos em relação aos shows nos bares não foram aceitos.

“Desde o dia 21, quando soubemos da possibilidade de endurecimento das medidas, buscamos o diálogo com o estado para poder opinar sobre essa decisão”, explicou Thiago Falcão, presidente da Abrasel. 

Ele acrescentou que deram a sugestão de que houvesse uma diminuição no número de integrantes das bandas, podendo ser uma dupla, um trio, ou até mesmo de forma individual e, também, de um limite em relação ao horário de apresentação, para que não se estendesse ao longo da noite, mas esses pontos não foram aceitos.

Falcão ressaltou que, por exemplo, o horário de fechamento dos bares proposto durante a reunião com o secretário de Saúde, Alexandre Ayres, era às 22h, mas que a Abrasel ponderou para que fosse estendido para 00h. 

“É uma decisão que prejudica não somente os empresários, mas também a classe de músicos, que sofreram muito durante esse período da pandemia e tinham contratos firmados com esses estabelecimentos. Este é um dos melhores períodos para eles e vai ser um prejuízo sem tamanho a essas pessoas que também têm famílias e suas obrigações”, explicou.

Falcão disse que a Abrasel continuará a buscar esse diálogo, para que haja um entendimento com o Governo do Estado sobre as medidas.