O secretário de Saúde de Alagoas, fez novo balanço dos casos do novo coronavírus em entrevista coletiva online realizada nesta segunda-feira, dia 08, a noite. De acordo com o boletim epidemiológico da Seasau-AL, o Estado tem até o momento 16.339 casos confirmados e 622 óbitos em decorrência da Covid-19. Ainda foram registradas 9.645 pessoas recuperadas e outros 1.889 casos suspeitos.

Durante a coletiva, Ayres lamentou o aumento de casos confirmados e mortes, mas comentou que houve uma estabilização na ocupação de leitos de UTI em cerca de 80%. Em números absolutos, Maceió, Arapiraca e Marechal Deodoro são as cidades que lideram o ranking de casos da doença no estado.

Na entrevista, Alexandre Ayres também analisou os números do isolamento social em Alagoas e apontou para a possibilidade de retomada de setores da economia que continuam fechados. O secretário, deu a entender, no entanto, que a reabertura será gradual – como aliás está previsto pelo Grupo de Trabalho que prepara os protocolos para a retomada no Estado.

Ayres reforçou que a Sesau-AL vem ouvindo atenciosamente os médicos e demais profissionais de saúde para tratar do retorno das atividades econômicas no Estado. Para o secretário, não há condições de o Estado colocar em prática uma retomada abrupta da economia.

“Toda a discussão sobre a volta do setor econômico necessita de cautela. Sabemos que a Covid-19 não tem cura e não se dissipa de uma hora para outra. Não vamos abrir abruptamente o comércio. Precisamos de serenidade, prudência e muita responsabilidade com as vidas em Alagoas”, completa Alexandre Ayres.

Flexibilização

É a primeira vez desde o início da pandemia que o secretário de Saúde sinaliza, ainda que indiretamente, com a flexibilização das medidas. Ao declarar não vai abrir abruptamente o comércio, a Sesau-AL sinaliza para a possibilidade de reabertura gradual e controlada.

Pelo plano do governo, na próxima etapa, que pode ser colocada em prática já a partir do próximo dia 11, serão reabertos:

- Lojas ou estabelecimentos de rua com até 400m2, que pratiquem o comércio ou serviços de natureza privada, bem como centros de comercialização de artesanato e manualidades, exceto shoppings centers, galerias e centros comerciais, deverão funcionar em horário especial, de 9h30 às 17h ou de 9h30 às 20h, obedecendo às regras do protocolo sanitário.

- Salões de beleza e barbearias com quadro de funcionários reduzido em 50% (cinquenta por cento), obedecendo às regras do protocolo sanitário.

- Templos, igrejas e demais instituições religiosas com 30% de sua capacidade, obedecendo às regras do protocolo sanitário.

Ações

Ayres também falou sobre novas ações no combate a Covid-19: “Na última semana anunciamos o lançamento do sistema de regulação de leitos e a partir de amanhã (09) estaremos distribuindo 100 mil comprimidos de azitromicina em todos os municípios alagoanos”, afirmou o secretário.

Novamente, o secretário salientou que o crescimento exponencial da Covid-19 no Estado ocorre por causa da ampliação das testagens pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen-AL) e em decorrência do descumprimento do isolamento social.

“Entendemos que as pessoas estão cansadas por estar há tanto tempo vivendo de uma maneira diferente, dentro de suas casas, saindo apenas quando há alguma necessidade. Com pessoas impacientes, elas acabam saindo às ruas e reduzem, consequentemente, os índices de isolamento. É uma situação que tem nos preocupado bastante”, avalia o secretário Alexandre Ayres.

O titular da Sesau informou, ainda, que o Governo de Alagoas está recebendo mais respiradores do Ministério da Saúde, o que representa uma projeção de ampliar a quantidade de leitos exclusivos para o tratamento da Covid-19 no Estado.

“É importante fazer esta referência porque os novos respiradores, que estão chegando ao Estado, por meio do Governo Federal, nos possibilitam aumentar o número de leitos em Arapiraca, Santana do Ipanema, Penedo e, no final do mês, no município de Porto Calvo, onde estaremos entregando mais um hospital, com leitos de Unidade de Terapia Intensiva [UTIs] e leitos clínicos. Estamos buscando alternativas para estabilizar esse percentual que ainda nos preocupa quanto à ocupação de leitos que está em torno de 70% e 80%”.