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Funcionários da Equatorial protestam contra demissões em massa

Por Gazeta Web 05/08/2019 12h12
Funcionários da Equatorial protestam contra demissões em massa
Reprodução

Os Urbanitários de Alagoas realizam um ato contra as demissões em massa que estão sendo realizadas pela Equatorial, empresa que assumiu o controle da Eletrobras Alagoas/CEAL. O ato ocorre na manhã desta segunda-feira, (5), em frente ao prédio-sede da empresa na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Nestor Powell, o ato tem como objetivo abrir um diálogo com a empresa sobre a reestruturação do quadro de pessoal. 

"Queremos uma melhoria nos serviços que não passe por demissão. As pessoas já começaram a perceber a piora na qualidade do serviço prestado. E isso está acontecendo devido às demissões", disse Nestor Powell.

Ele disse que, desde que a Equatorial assumiu, há 100 dias, 50% dos funcionários já foram demitidos. Isso dá em torno de 500 a 600 pessoas. "Isso é um fator fundamental e preponderante para o que está ocorrendo com a qualidade do serviço", desabafou.

O presidente dos Urbanitários afirmou que a categoria também está fazendo um trabalho junto à Assembleia Legislativa (ALE) para discutir essa questão. "Não dá para nós, em um estado pequeno e nessa crise que estamos passando, vermos trabalhadores que entraram na antiga Ceal por meio de concurso e que são treinados e capacitados e, agora, estão sendo demitidos assim, sem nenhum critério. São demissões sem justa causa; fora o PDV que eles fizeram e muita gente aderiu, justamente com medo dessas demissões. Estamos tentando fazer com que a empresa observe isso. Não dá para uma empresa de um setor estratégico como é a energia querer agir como se fosse um banco, só visando lucro", reforçou Nestor Powell.

De acordo com o sindicalista, toda semana estão acontecendo demissões. Na atividade de eletricista, terceirizaram o serviço. "Estamos vendo que isso é um erro. Nossos trabalhadores, além de terem capacitação, estão com salários de mercado. Se ela diz que quer reduzir custos, ficamos sem entender como demite um trabalhador qualificado para colocar outro ganhando a mesma coisa", continuou desabafando.


Manifestantes usaram faixas com palavras de ordem

Nestor disse ainda que eles já conversaram com a diretoria por diversas vezes, inclusive nas negociações de acordo coletivo, e estavam discutindo essa questão. Agora eles esperam reabrir essa mesa de negociação. Caso isso aconteça, o sindicato não descarta uma greve.

"Existe essa possibilidade. Estamos tentando trazer a empresa para essa mesa de negociação  para encontrarmos uma alternativa a essas demissões em massa. Mas, se ela resistir, vamos sim fazer um movimento mais contundente e radicalizado. Vamos avaliar depois dessa programação de hoje", concluiu o líder da entidade. 

À Gazetaweb, a Equatorial informou, por meio da assessoria de comunicação, que vai emitir nota esclarecendo os fatos.