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Procurador federal destaca importância da Operação Lava Jato
Na noite deste segunda-feira (27), o procurador federal Deltan Dallagnol participou do Congresso Estadual do Ministério Público, onde ministrou a palestra de abertura. Na manhã desta terça (28), concedeu entrevista coletiva à imprensa, nos dois encontros destacou a importância da Operação Lava Jato e a necessidade de reformas de combate a corrupção.
Destacando o pacote de mais de 70 medidas desenvolvidas por diversas instituições e que se encontra àdisposição da sociedade na página http://www.unidoscontraacorrupcao.org.br/
Para que este plano anticorrupção passe a valer, o mesmo precisa ser aprovado no Congresso Nacional, ou seja, pelos próximos representantes a serem eleitos em 7 de outubro, razão pela qual o procurador sugere aos eleitores que, antes de decidirem em quem votar, "verifiquem se o candidato tem o passado limpo, se tem compromisso com a democracia e se apoia o pacote anti-corrupção".
Dallagnol citou como medidas a redução do número de pessoas com foro privilegiado no Brasil, que, segundo ele, cairia de mais de 50 mil agentes públicos para apenas 16; o ensino do tema corrupção nas escolas; e a extinção do fundo eleitoral. "São propostas exigidas pela sociedade. Isso é só um exemplo do quanto é bom", afirmou o procurador ao se referir ao pacote anti-corrupção.
Ele também reforçou a importância e os benefícios que a Operação Lava Jato traz ao país, mas ressaltou que, sem mudanças estruturais, que envolvam o meio político, empresarial e até mesmo a forma como são escolhidos os ministros do Supremo Tribunal Federal, o efeito da operação ficará apenas no campo pedagógico, transitório. Por isso, conforme o procurador, torna-se fundamental a escolha, pelo eleitor, de políticos honestos e comprometidos com o combate à corrupção. "Não adianta o eleitor apoiar o combate à corrupção apenas com as palavras. Vote em pessoas que tenham um passado limpo", reforçou Dallagnol.
Para ele, o maior risco da Lava Jato é justamente a eleição de políticos que já demonstraram interesse em minar a maior investigação já realizada no Brasil contra a corrupção. "A sociedade tem que assumir seu protagonismo pelo voto", emendou.
Sobre a operação, o procurador destacou ainda que, até então, são mais de 300 acusados, mais de 130 presos e mais de R$ 2 bilhões - desviados do poder público - devolvidos a estatais como a Petrobras. Somente nesta empresa, Dallagnol ressaltou que as investigações apontaram um desvio de mais de R$ 6 bilhões.
A operação, ainda em curso, é composta por mais de 150 agentes, 50 deles do Ministério Público Federal.


