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Atuação de médicos particulares não está descartada em esquema de fraude no INSS
As fraudes aconteciam nos chamados auxílio-doença, concedidos a pessoas que não tinham problema de saúde
Em entrevista na manhã desta terça-feira (24), na sede da PF, o delegado Alexandre Borges informou que não está descartada a participação de médicos particulares no esquema de desvio de quase R$ 500 mil do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). As fraudes aconteciam nos chamados auxílio-doença, concedidos a pessoas que não tinham problema de saúde.
"As investigações começaram desde o ano de 2015. Hoje pela manhã cumprimos seis mandados de busca e apreensão contra essas duas pessoas. O advogado foi preso em flagrante porque estava portando uma arma de fogo sem registro. Este mesmo advogado seria beneficiário do esquema e recebe o auxílio. No entanto, constatamos ao longo das investigações, que ele não apresentava problemas psicológicos, como atestava a documentação que viabilizava o recebimento do dinheiro", informou o delegado, que não divulgou o nome do preso.
A Operação Partenon desencadeada na manhã desta terça com a finalidade de reprimir crimes previdenciários, em Maceió. E desarticulou uma associação criminosa especializada em fraudar o INSSteve como alvo um advogado e uma servidora do INSS. Segundo o delegado, o advogado recebia auxílio-doença que foi "facilitado" pela servidora, o mesmo chegou a receber regularmente durante dez anos, o valor total de R$ 443.835,84.
A desarticulação do esquema irá proporcionar uma economia anual estimada em mais de R$ 1.792.563,24, conforme dados da PF.
O nome da operação é uma alusão ao fato de um dos alvos ser descendente de grego.


