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Rui Palmeira nega reajuste e servidores de Maceió devem decretar greve geral
Funcionários vão decidir pela paralisação em assembleia que será realizada nesta quinta, 10

As negociações entre Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Sindspref) e a prefeitura chegaram ao limite. Após serem comunicados de que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) não vai apresentar nenhuma proposta de reajuste, os funcionários devem decretar greve geral a partir desta quinta-feira, 10.
O Sindspref informa que foi convocada para esta quinta-feira, a partir das 14h30, no auditório do Sindicato dos Bancários, no Centro de Maceió, uma assembleia da categoria que pode decidir por greve geral por tempo indeterminado. A p/aralisação se decretada, deve atingir até 13 mil servidores municipais e prejudicar diversos serviços prestados à população da capital.
O sindicato alega, em comunicado à imprensa, que a paralisação, se confirmada, será consequência da falta de diálogo com o Município, apesar de várias as tentativas de negociação iniciadas no dia 30 de janeiro deste ano.
O presidente do Sindspref, Sidney Lopes, explica os servidores cobram, no mínimo, a reposição da inflação. Além disso, os servidores lembram que não tiveram nenhum reajuste no ano passado, situação que reforça a possibilidade de deflagração de greve nesta quinta-feira.
Os servidores aguardam, até o início da assembleia, uma resposta da Prefeitura. Mas o prefeito Rui Palmeira já avisou, através dos secretários de Economia, Fellipe Mamede, e Reinaldo Braga, que não tem condições de dar nenhum tipo de reajuste, devido as dificuldades financeiras do município.
O presidente do Sindspref discorda dos argumentos do prefeito. Segundo Sidney Lopes, o gasto com a terceirização de serviço público passou de R$ 5 milhões para R$ 8 milhões na gestão do prefeito Rui Palmeira (PSDB). "Estamos acompanhando de perto todas as despesas dessa gestão, pois, o prefeito não pode valorizar mais a terceirização do que os servidores concursados do Município", afirma Lopes.
Através da Secretaria de Comunicação, a Prefeitura informou que está realizando simulações com o intuito de atender o pleito dos servidores, de modo a não comprometer a folha de pagamento do funcionalismo. “O corte de R$ 80 milhões no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) compromete a capacidade de investimento da Prefeitura, mas a Semge [Secretaria Municipal de Gestão] reforça manter aberta a mesa de negociação com os servidores”, diz a nota encaminhada à imprensa pela Secom do Município.
