Geral

Rui Palmeira nega reajuste e servidores de Maceió devem decretar greve geral

Funcionários vão decidir pela paralisação em assembleia que será realizada nesta quinta, 10

Por Redação com Jornal de Alagoas 09/05/2018 22h10
Rui Palmeira nega reajuste e servidores de Maceió devem decretar greve geral
Sidney Lopes, presidente do Sindispref - Foto: Foto: Secom Maceió

As negociações entre Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Sindspref) e a prefeitura chegaram ao limite. Após serem comunicados de que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) não vai apresentar nenhuma proposta de reajuste, os funcionários devem decretar greve geral a partir desta quinta-feira, 10.

O Sindspref informa que foi convocada para esta quinta-feira, a partir das 14h30, no auditório do Sindicato dos Bancários, no Centro de Maceió, uma assembleia da categoria que pode decidir por greve geral por tempo indeterminado. A p/aralisação se decretada, deve atingir até 13 mil servidores municipais e prejudicar diversos serviços prestados à população da capital. 

O sindicato alega, em comunicado à imprensa, que a paralisação, se confirmada, será consequência da falta de diálogo com o Município, apesar de várias as tentativas de negociação iniciadas no dia 30 de janeiro deste ano.

O presidente do Sindspref, Sidney Lopes, explica os servidores cobram, no mínimo, a reposição da inflação. Além disso, os servidores lembram que não tiveram nenhum reajuste no ano passado, situação que reforça a possibilidade de deflagração de greve nesta quinta-feira.

Os servidores aguardam, até o início da assembleia, uma resposta da Prefeitura. Mas o prefeito Rui Palmeira já avisou, através dos secretários de Economia, Fellipe Mamede, e Reinaldo Braga, que não tem condições de dar nenhum tipo de reajuste, devido as dificuldades financeiras do município.

O presidente do Sindspref discorda dos argumentos do prefeito. Segundo Sidney Lopes, o gasto com a terceirização de serviço público passou de R$ 5 milhões para R$ 8 milhões na gestão do prefeito Rui Palmeira (PSDB). "Estamos acompanhando de perto todas as despesas dessa gestão, pois, o prefeito não pode valorizar mais a terceirização do que os servidores concursados do Município", afirma Lopes.

Através da Secretaria de Comunicação, a Prefeitura informou que está realizando simulações com o intuito de atender o pleito dos servidores, de modo a não comprometer a folha de pagamento do funcionalismo. “O corte de R$ 80 milhões no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) compromete a capacidade de investimento da Prefeitura, mas a Semge [Secretaria Municipal de Gestão] reforça manter aberta a mesa de negociação com os servidores”, diz a nota encaminhada à imprensa pela Secom do Município.