Geral

Eletrobras custeia R$3 milhões em postes derrubados

Os dados são de 2014. O valor de manutenção de cada poste chega em torno de R$ 20 mil

Por G1 Alagoas 05/04/2015 08h08
Eletrobras custeia R$3 milhões em postes derrubados

No primeiro trimestre do ano passado foram registrados 153 postes derrubados por veículos, uma média de 1,7 por dia. Este ano, no mesmo período, 211 postes foram danificados, uma média de 2,34 por dia. O valor para manutenção de cada poste, segundo cálculos da Eletrobras, varia em R$ 5 mil e R$ 20 mil. Ano passado a empresa teve prejuízo de mais de R$ 3 milhões. 

Em 2014, 612 postes foram substituídos após algum tipo de acidente.  “A maior parte desse valor vai para a conta da Eletrobras, mesmo a empresa identificando o motorista. Muitos processos vão parar na justiça, mas o motorista alega que não tem como pagar e nós assumimos”, afirma.

Bruno Amaral, gerente do departamento de manutenção da Eletrobras diz que a empresa acaba encontrando dificuldade em investir na melhoria do fornecimento de energia no estado, pois o investimento acaba indo para a manutenção.  “Esse prejuízo que a empresa sofre não é repassado para o consumidor. Mas o consumidor é efetado porque a Eletrobras deixa de investir para melhorar o fornecimento”, diz.

Isso se explica porque, segundo Amaral, ao invés de a equipe se direcionar para fazer os trabalhos preventivos no sistema, ela precisa se deslocar para o local do acidente. A conclusão é o consumidor insatisfeito porque não sabe que a falta de energia se deu por causa do acidente. 

O gerente explica que a identificação do motorista sempre é possível. Mesmo que ele não esteja no local, o carro permanece, possibilitando o registro da placa.  Depois disso, é possível, junto ao Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran) identificar o condutor.

"Se o condutor não estiver no local, nós o identificamos junto ao Detran. Ele é notificado e precisa comparecer à Eletrobras para quitar os débitos causados pelo acidente. Se ele alegar que não tem condições de pagar, o processo vai parar na Justiça e aí nós demoramos para ser ressarcidos, muitas vezes nem somos", reforça Bruno Amaral.