Esportes

Mirian Monte responde ao Conselho do CSA: “Cada ponto será esclarecido”

Ex-presidente rebate acusações e detalha gestão em meio à crise

Por Redação 23/09/2025 14h02
Mirian Monte responde ao Conselho do CSA: “Cada ponto será esclarecido”
Ex-presidente do CSA reage às acusações: “Cada ponto será esclarecido” - Foto: Augusto Oliveira/CSA

A ex-presidente do CSA, Mirian Monte, se pronunciou na noite de segunda-feira (22) após as acusações feitas pela junta diretiva do Conselho Deliberativo em coletiva realizada no CT Gustavo Paiva. Segundo ela, as críticas foram recebidas pela imprensa e não por meio oficial.

Ela afirmou que nunca foi procurada formalmente pelo Conselho e que está disposta a esclarecer todos os pontos levantados.

“Soube das acusações pela mídia. Nunca me pediram informações, nunca fui procurada. Cada centavo usado foi para o CSA”, declarou Mirian. “Vou assistir à coletiva na íntegra e rebater item por item. A partir de terça-feira, estarei disponível para a imprensa local e nacional. Essas explicações interessam ao torcedor e à comunidade azulina.”

A crise institucional no clube se intensificou após sua renúncia oficial no início de setembro, um dia após ter sido afastada sob acusação de gestão temerária. O episódio escancarou o racha político nos bastidores do Azulão, agravado pelo rebaixamento à Série D do Campeonato Brasileiro.

Mirian defendeu sua gestão, destacando equilíbrio financeiro, salários pagos e previsão de receita para 2026 na casa dos R$ 8,8 milhões. Ela também ressaltou que campanhas em torneios como a Copa do Brasil e a Copa do Nordeste geraram mais de R$ 11 milhões para os cofres do clube.

Sobre o aumento do débito informado pelo presidente do Conselho, Clauwerney Ferreira, Mirian minimizou: “Isso faz parte da rotina de qualquer clube ou empresa. Existem despesas administrativas, impostos, encargos e custos operacionais que surgem diariamente.”

Ela também criticou a cultura dos altos gastos com premiações a atletas, os chamados “bichos”, classificando como uma prática nociva e difícil de combater. “Essa prática está enraizada no futebol e atrapalha qualquer tentativa de gestão responsável”, afirmou.

Apesar do rebaixamento, Mirian destacou a venda de jogadores formados no clube, como Enzo para o Grêmio e Brayann para o Goiás, como sinais de que houve trabalho de qualidade. “Se conseguimos colocar atletas na Série A, é porque alguma coisa foi feita com qualidade”, disse.

A expectativa agora é pela definição da nova eleição para a presidência do CSA, que deve ser marcada nos próximos dias.