Esportes
Atlético-MG envia imagens à polícia após importunação sexual contra filha de Everson
Torcedores fizeram comentários sobre o corpo da adolescente; clube promete punições

O goleiro do Atlético-MG, Everson, denunciou em suas redes sociais que sua filha, de 13 anos, foi vítima de importunação sexual verbal na saída da Arena MRV, em Belo Horizonte, após o empate contra o Santos, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo (14). O episódio ocorreu no estacionamento reservado às famílias dos atletas, onde torcedores teriam feito comentários sobre o corpo e a aparência da adolescente.
Segundo o relato do jogador, os torcedores estavam do lado externo de um portão vazado, que permite a visualização do interior do espaço. A filha de Everson chegou a pedir ajuda aos pais e aos seguranças do clube após ouvir as ofensas. “Não foram ofensas à minha pessoa ou ao meu trabalho, mas importunação pessoal e, por que não dizer, sexual a uma menina de 13 anos”, escreveu o atleta, afirmando que buscará medidas legais para responsabilizar os envolvidos.
A esposa do goleiro, Rafaela Vieira, também se manifestou nas redes sociais, detalhando o ocorrido. Ela afirmou que a filha desceu do carro para avisar sobre os xingamentos e pediu que chamassem os seguranças. Ao retornar ao veículo, os torcedores começaram a falar sobre a aparência da menina. “Não queremos fazer reboliço, mas não há outra saída a não ser elucidar a situação e recorrer à lei”, escreveu Rafaela.
O Atlético-MG, por meio de nota oficial, repudiou o comportamento dos torcedores e declarou apoio ao jogador. O clube informou que encaminhou as imagens do circuito interno da Arena MRV à Delegacia de Eventos e à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, e que colaborará com as investigações. Além da responsabilização criminal, o clube promete aplicar medidas administrativas com base no regulamento da Arena.
A esposa do atleta deve registrar boletim de ocorrência ainda nesta segunda-feira (15). A importunação sexual é crime previsto no artigo 215-A do Código Penal, com pena de 1 a 5 anos de prisão. O caso segue sob apuração das autoridades.

