Gilberto Gil e sua família moveram uma ação judicial contra o padre Danilo César, da Paróquia São José em Campina Grande (PB), por declarações consideradas ofensivas feitas logo após a morte de Preta Gil, em julho de 2025. O processo, aberto na Justiça do Rio de Janeiro, pede R$ 370 mil por danos morais e acusa o religioso de racismo e intolerância religiosa.

Durante uma missa transmitida ao vivo pelo YouTube no dia 20 de julho, o padre ironizou a fé da família Gil, que segue religiões de matriz africana. “Cadê esses orixás, que não ressuscitaram Preta Gil?”, disse ele, zombando de uma oração feita por Gilberto Gil. Após denúncias, o vídeo foi retirado do ar.

Além de Gil, sua esposa Flora, os filhos Nara, Marília, Bela, Maria, Bem e José, e o neto Francisco, filho de Preta, assinam a ação. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a família afirma que o padre ultrapassou os limites da liberdade de expressão, atingindo a memória e a espiritualidade de Preta Gil.

Preta Gil morreu aos 50 anos, vítima de câncer, após passar mal em Nova York, onde buscava tratamento experimental. A apresentadora Bela Gil também criticou publicamente o sermão, chamando o padre de “desrespeitoso” em suas redes sociais.