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Símbolo do Cangaço será exposto em cidades-sede da Copa do Mundo

Peça Cangaceira Maria Bonita, do artista plástico alagoano Jackson Lima, foi classificada pelo projeto Vitrines Culturais

Por Agência Alagoas 28/05/2014 15h03
Símbolo do Cangaço será exposto em cidades-sede da Copa do Mundo
Artista de Limoeiro de Anadia terá peça exposta durante a Copa - Foto: Divulgação

O artesanato alagoano estará em evidência para o Brasil e o mundo durante os jogos da Copa 2014. Artistas locais foram selecionados para expor seu trabalho em cidades-sede do mundial, de 12 de junho a 13 de julho, através do projeto Artesanato nos Jogos da Copa 2014 – Vitrines Culturais, desenvolvido pelo Ministério da Cultura em parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa. É o caso do artista plástico Jackson Pereira Lima, natural de Limoeiro de Anadia, interior do estado, um dos classificados pelo projeto.

Jackson Lima se classificou com a peça Cangaceira Maria Bonita, companheira do também cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), personagens famosos da cultura nordestina, muito cultuados entre os sertanejos.

A peça tem 30 centímetros e é confeccionada em madeira, arame, plástico, massa feita à base de cola e amido de milho, tinta e verniz. O tempo de confecção de cada peça é de uma hora. Jackson Lima explica que a escolha do personagem se deve à fama de mulher valente, forte, mas ao mesmo tempo apaixonada. “Ela é encantadora”, afirma. Seis exemplares seguirão para exposição nas cidades-sede.

O objetivo do Vitrines Culturais é promover a divulgação do artesanato tradicional e popular que represente a diversidade e a identidade cultural brasileiras. As exposições e vendas acontecerão dentro dos espaços culturais espalhados pelas cidades de Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ e Porto Alegre/RS.

O artista

Conhecido por esculturas que aparentam ser obras de ferro, Jackson Lima trabalha com materiais recicláveis como plástico, ferro, vidro, madeira, papel, isopor, sementes de Ouricuri, entre outros. Sua obra retrata desde animais, plantas e objetos inanimados até arte sacra e figuras humanas que representam a cultura popular nordestina, as suas preferidas. “Gosto principalmente de fazer figuras que retratem o sofrimento, as dificuldades da nossa região”, conta o artista.

Autodidata, Jackson Lima iniciou sua vida artística ainda menino e já produziu mais de 6 mil peças, muitas delas espalhadas pelo Brasil e também no exterior. Aos 47 anos, o artista já participou de exposições pelo país e recentemente foi convidado para expor em Londres, na Inglaterra.

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