Economia
Pix ganha atualização para reforçar devolução em casos de fraude
Novo sistema MED 2.0 permite rastrear transferências entre contas e ampliar chances de recuperação do dinheiro
Desde o último domingo (23), os usuários do Pix passaram a contar com uma nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED 2.0), criado pelo Banco Central para aumentar a segurança contra fraudes e golpes. O recurso possibilita rastrear o caminho percorrido por valores desviados e devolver o dinheiro às vítimas.
Até então, o MED só permitia a devolução a partir da conta diretamente envolvida na fraude. O problema é que criminosos costumam transferir rapidamente os recursos para outras contas, dificultando a recuperação. Com a atualização, o MED 2.0 consegue identificar para onde o dinheiro foi distribuído e compartilhar essas informações entre as instituições participantes.
Segundo o Banco Central, os valores poderão ser devolvidos em até 11 dias após a contestação. Além disso, o novo sistema deve ampliar a identificação de contas usadas em fraudes e impedir que sejam reutilizadas em novos crimes.
O uso do MED 2.0 é opcional para os bancos e instituições financeiras neste primeiro momento, mas se tornará obrigatório a partir de 2 de fevereiro de 2026.
O Pix, que completou cinco anos em 16 de novembro, já se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado no Brasil. Nesse período, movimentou R$ 75,4 trilhões, valor equivalente a seis vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do país.


