Economia

Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões no país

CNC projeta crescimento de 2,4% em relação ao ano passado; hipermercados e eletrônicos lideram vendas

Por Redação 21/11/2025 15h03 - Atualizado em 21/11/2025 15h03
Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões no país
Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões no país - Foto: Fe comercio AL

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a Black Friday de 2025 deve movimentar R$ 5,4 bilhões no comércio brasileiro, um crescimento de 2,4% em relação ao ano passado, já descontada a inflação. O levantamento considera o impacto ao longo de todo o mês de novembro, e não apenas o dia 28, data oficial da campanha.

Segundo o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, a Black Friday já se consolidou como a quinta data mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

Os setores com maior expectativa de vendas são hiper e supermercados (R$ 1,32 bilhão), eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,24 bilhão), móveis e eletrodomésticos (R$ 1,15 bilhão), vestuário e calçados (R$ 950 milhões), farmácias e perfumarias (R$ 380 milhões) e livrarias e papelarias (R$ 360 milhões).

Fatores que impulsionam e limitam as vendas
Entre os fatores que favorecem o desempenho estão a desvalorização do dólar, que barateia produtos importados, a queda da inflação e o aumento da renda média do trabalhador. A taxa de desemprego caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, o menor nível da série histórica do IBGE iniciada em 2002.

Por outro lado, juros elevados e alto nível de endividamento das famílias limitam o crescimento. Dados do Banco Central mostram taxa média de 58,3% ao ano nas operações de crédito livre para pessoas físicas, o maior patamar desde 2017. Além disso, 30,5% das famílias estão com contas em atraso.

Descontos médios
A CNC monitorou 150 preços de itens em 30 categorias e identificou que 70% delas têm potencial de redução acima de 5%. Os maiores descontos médios foram registrados em papelaria (10,14%), livros (9,02%), joias e bijuterias (9,01%), perfumaria (8,20%), utilidades domésticas (8,18%), higiene pessoal (8,11%) e moda (7,82%).

Cuidados contra golpes
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) recomenda atenção redobrada durante as compras. Entre as orientações estão desconfiar de descontos irreais, checar a reputação da loja, verificar prazos de entrega e reembolso, preferir sites seguros e lembrar do direito de arrependimento em até sete dias para compras on-line.

Uma pesquisa do Reclame Aqui mostrou que 63% dos consumidores não conseguem identificar golpes feitos com inteligência artificial. Especialistas alertam para sinais como vídeos com falas descompassadas, anúncios falsos com celebridades, mensagens repetitivas e perfis recém-criados em redes sociais.