Economia

Pesquisa: pessoas de menor poder aquisitivo são os que mais sofrem com inflação elevada

Indicador mostra variação entre 1% para as famílias de renda mais alta e 1,06% para as de renda mais baixa

Por Redação 16/05/2022 16h04 - Atualizado em 16/05/2022 18h06
Pesquisa: pessoas de menor poder aquisitivo são os que mais sofrem com inflação elevada
Em abril, o indicador do Ipea mostrou que a inflação para as famílias com renda domiciliar muito baixa foi de 1,06%. - Foto: REUTERS/Pilar Olivares

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou, nesta segunda-feira (16), os dados da pesquisa realizada em abril onde apresenta o que mais é afetado com os elevados aumentos nos preço dos alimentos, medicamentos, transporte,, são as pessoas com uma renda mais baixa.

De acordo com os dados, as taxas de inflação variam entre 1,00% para as famílias pertencentes aos estratos de renda mais alta e 1,06% no segmento de renda mais baixa. Os dados acumulados no ano até o mês de abril indicam taxas de inflação entre 3,7% para o segmento de renda alta e 4,5% para o segmento de renda muito baixa.

No segmento de renda muito baixa, o aumento dos preços dos alimentos no domicílio fez com que o grupo “alimentação e bebidas” respondesse por 61% de toda a inflação apurada em abril, com destaque para as altas do arroz (2,2%), feijão (7,1%), macarrão (3,5%), batata (18,3%), leite (10,3%), frango (2,4%), ovos (2,2%), pão francês (4,5%) e óleo de soja (8,2%). A segunda maior contribuição para a inflação desse segmento veio do grupo “saúde e cuidados pessoais”, ancorada pela alta de 6,1% dos medicamentos.

Já para as famílias de renda mais alta, a variação apresentada pelo grupo “transportes” foi responsável por 60% de toda a inflação registrada em abril, refletindo os reajustes das passagens aéreas (9,5%), do transporte por aplicativo (4,1%), da gasolina (2,5%), do etanol (8,4%) e do diesel (4,5%). Além dos alimentos e dos medicamentos, as altas dos preços dos serviços pessoais, especialmente os relacionados à recreação, também elevaram a inflação dessas famílias.

No acumulado de 12 meses, a inflação apurada para esse grupos familiares chegou a 12,7% e 10,8%, respectivamente.

Confira o gráfico

*Com informações do IPEA