Economia

Lojas Extras Farol e Mangabeiras serão fechadas em Maceió

Anúncio foi feito pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA) na última quinta-feira (14)

Por Redação com IPA 18/10/2021 14h02 - Atualizado em 18/10/2021 15h03
Lojas Extras Farol e Mangabeiras serão fechadas em Maceió
Loja Extra - Foto: Reprodução

Na última quinta-feira (14), um anúncio pegou alguns clientes de um dos supermercado de mais prestigio do município de Maceió de surpresa. Segundo informações do Grupo Pão de Açúcar (GPA), cerca de 70% das lojas do Extra Hiper no Brasil foram vendidas. Nessa meio as lojas do Extra Farol e Mangabeiras.

Das 32 lojas que não foram arrematadas ao Assaí, 28 serão convertidas paras as bandeiras Pão de Açúcar e Mercado Extra, e 4 serão fechadas, sendo as duas de Alagoas e uma em Tocantins. A quarta loja não foi divulgada.

De acordo ainda com as informações, o valor da venda é estimado em R$ 5,2 bilhões, dos quais, R$ 4 bilhões serão pagos pelo comprador de forma parcelada, entre dezembro deste ano e janeiro de 2024, e R$ 1,2 bilhão restante será pago ao Pão de Açúcar por um fundo imobiliário que tem garantia do Assaí. A empresa dona do Extra também informou que deixará o segmento de hipermercados no país.

A bandeira Extra Hiper será descontinuada, e as lojas não abarcadas pela transação serão convertidas em formatos com maior potencial de rentabilidade”, relatou.

O Assaí, ainda conforme o grupo, vai conseguir adicionar 71 lojas à rede de atacarejo e assim ganha musculatura para competir com o Atacadão. O Carrefour, dono do Atacadão, já havia feito vários movimentos para expandir a operação de atacarejo – comprou o Makro e o Big. Especialistas dizem que essa transação faz sentido tanto para o GPA quanto para o Assaí. Primeiro porque o GPA precisa se concentrar nas operações mais rentáveis.

O formato de hipermercado tem sido desafiado no mundo inteiro, não apenas no Brasil. O hiper foi um modelo que deu muito certo dos anos 80 até a virada dos anos 2000. Mas com o desenvolvimento de outros formatos de loja, o hiper ficou sem um papel claro na cabeça do consumidor”, afirma Eduardo Yamashita, COO da consultoria Gouvea Ecosystem.

Ainda segundo Eduardo, o formato de hipermercado deixou de fazer sentido com o avanço do atacarejo. “O atacarejo cresceu muito, com uma proposta muito clara de preço baixo e baixa conveniência. O supermercado e de conveniência se firmaram com a proposta de rapidez e serviço. E o hiper ficou no meio, não é tão conveniente quanto a loja de bairro nem tão barato quanto o atacarejo”.