Economia

Mesmo sem aumento, folha do Estado cresce mais do que receita em 2016, diz Santoro

18/09/2016 12h12
Mesmo sem aumento, folha do Estado cresce mais do que receita em 2016, diz Santoro

Os números são das secretarias da Fazenda e de Planejamento e Gestão do Estado.  Mesmo que o Governo de Alagoas não dê nenhum aumento ao funcionalismo este ano, as despesas com pessoal terão um crescimento maior do que a receita.

O secretário da Fazenda, George Santoro, adianta que a folha de pessoal do Estado deve crescer, até o final deste ano, cerca de 12%, mesmo sem reajuste: “o crescimento vegetativo da folha é muito forte. Temos de ter todo o cuidado na política salarial, para não desequilibrar as contas públicas”, aponta.

Santoro apresentou os números da arrecadação e das despesas do Estado durante reunião com dirigentes da CUT Alagoas na quinta-feira, 15.

O secretário usou os números para argumentar que o estado só deve decidir se vai dar ou não reajuste aos servidores depois que for aprovada a renegociação da dívida dos Estados com a União: “por enquanto não existe nada certo, temos de esperar a votação no Senado, até porque alguns estados estão pressionando por mudanças na legislação”, aponta.

Se aprovada a renegociação, Alagoas teria, a partir de julho deste ano uma “folga” no caixa da ordem de R$ 50 milhões mensais. O governo não faz o pagamento da dívida com a União desde abril, mas o dinheiro está sendo depositado numa conta, em separado, e só será utilizado após a aprovação da lei de repactuação das dívidas.

Altos e baixos no caixa do Estado

O secretário da Fazenda avalia que a receita própria do Estado deve fechar o ano com crescimento de 10%. Em contrapartida se espera uma queda superior a 5% no FPE.

“Como resultado, devemos ter um aumento na receita total do estado de apenas 4%. Enquanto isso, só a despesa com pessoal vai aumentar 12%, três vezes mais. É por isso que o governo precisa continuar com o rígido controle de gastos e só pode pensar em reajuste depois que a renegociação da dívida e outras questões, como a reforma da previdência, estiverem definidas”, aponta.